A transferência da Enel para a Equatorial foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a operadora deve começar a atuar em Goiás a partir de janeiro de 2023. A venda foi realizada em setembro deste ano após cinco anos na distribuição no estado em substituição à antiga Celg. A opção pela venda partiu dos diretores da autarquia, que consideraram a alternativa mais viável do que a quebra de contrato com a Enel e posterior abertura de processo licitatório.
“O desafio é grandioso e a Equatorial Energia está preparada para assumir o compromisso da melhoria da prestação de serviço para a sociedade tendo como foco um robusto programa de investimentos, a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos consumidores, atendimento a demanda reprimida e busca de ganhos e eficiências”, afirma o presidente da Equatorial, Augusto Miranda.
Segundo o grupo, o fim da extinção já ocorreria porque a empresa não alcançou metas de eficácia em 2021 e o mesmo tende a ocorrer em 2022. A contrapartida da Equatorial é não pleitear o fim do acordo por três anos mesmo sem conseguir bons índices de eficácia devido à necessidade de tempo de adaptação até a chegada de uma nova interessada, caso exista essa hipótese. A empresa também deverá pagar dívidas de R$ 5,7 bilhões.
Há cerca de dois anos, o governador Ronaldo Caiado havia proposto a transferência da Enel para outra empresa para solucionar uma das maiores queixas dos usuários em Goiás: as quedas de energia. A operação da empresa havia começado justamente como uma promessa para solucionar esse problema.
Goiás será o sétimo estado em que a Equatorial atua. A distribuição de energia já é feita pela holding no Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul e Amapá. De acordo com a Enel, a empresa está na sétima colocação em um ranking nacional das melhores país em cinco praças. Por outro lado, a Enel é considerada uma das piores do Brasil.
A Enel possui cerca de 3,3 milhões de unidades consumidoras em 237 municípios. Na semana passada, em 1º de dezembro, o Procon Goiás notificou a empresa por falta de energia após fortes chuvas na capital após aumento de reclamações sobre a interrupção e o mau fornecimento de energia elétrica no estado.