Goiás deve responder por quase um terço da produção brasileira de tomate em 2022

A produção goiana de tomate deve crescer 13,3%, em relação ao ano passado, e atingir 1,1 milhão de toneladas em 2022. O volume coloca o Estado na liderança isolada da atividade no país, respondendo por 29,9% da produção brasileira do fruto, que deve somar 3,8 milhões de toneladas. Os números integram o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta quinta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados coletados em novembro.

Ainda segundo o IBGE, Goiás deve registrar aumento de 7,8% na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em geral. Neste segmento, o Estado tem uma participação de 10,4% no total produzido pelo país, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Paraná. A projeção do órgão para cana-de-açúcar é de alta de 3,5%, na comparação com 2021, passando de 72,6 milhões para 75,2 milhões de toneladas. O agro goiano também deve registrar aumento da produção de uva (30,1%), batata inglesa (26,8%), laranja (3,4%) e mandioca (0,1%).

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Tiago Mendonça, lembra que o desempenho goiano supera o nacional em vários itens. “É o caso do próprio tomate, atividade em que Goiás está na contramão da tendência nacional, que é de retração da produção (-1,2%)”, exemplifica. “Há vários fatores envolvidos nisso, inclusive climáticos, mas é um sinal positivo da pujança da nossa agropecuária e não podemos nunca deixar de ressaltar a força e a resiliência do nosso produtor”, completa.

Safra de grãos

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também divulgou nesta quinta-feira (8/12) a atualização mensal do seu boletim da safra de grãos. O 3º Levantamento da Safra 2022/2023 confirmou a expectativa de que a produção goiana deve superar a marca de 30 milhões de toneladas de grãos no ciclo atual. De acordo com a Conab, o volume total deve chegar a 31,4 milhões de toneladas, o que representa alta de 9,0% em relação à Safra 2021/2022. O órgão projeta ainda crescimento da área plantada (+1,7%) e da produtividade (+7,2%) no Estado.

Entre os principais destaques estão o milho, com 12,9 milhões de toneladas (+32,2%), e o sorgo, com 1,2 milhão de toneladas (+6,8%). Os números posicionam Goiás entre os maiores produtores estaduais nas duas culturas, sendo o terceiro melhor colocado em milho e o primeiro em sorgo. No caso da soja, a estimativa é de recuo de 3,5% no volume produzido. Ainda assim, o Estado deve colher 16,8 milhões de toneladas do grão, ocupando a quarta posição no ranking nacional de maiores produtores.

Na edição de 5 de dezembro do boletim de Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras, a Conab alertou para a “irregularidade das precipitações” e seu possível impacto no “atraso da semeadura e desenvolvimento das lavouras de soja” em Goiás e Minas Gerais.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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