O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou ontem (21) um debate aberto sobre conflitos na Europa. No encontro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que as duas grandes guerras que ocorreram no continente na primeira metade do século XX tiveram um papel decisivo na fundação das Nações Unidas e no Conselho, que “nasceu da convicção que tais conflitos podem e devem ser evitados”. As informações são da Rádio ONU.
Segundo Guterres, nos últimos 70 anos os países da Europa têm estado na “linha de frente da prevenção de conflitos”. Para ele, “instituições europeias mostram eficácia em ligar países com mecanismos baseados em regras para resolver diferenças sem recorrer à violência”. No entanto, o secretário-geral afirmou que não se pode considerar a paz e prosperidade europeias como garantidas, alertando que “a transição para um mundo multipolar está criando imprevisibilidade e riscos maiores”.
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Ele ressaltou que a ONU está liderando algumas ações relacionadas à paz na Europa, incluindo negociações para uma solução “abrangente e durável” para a questão de Chipre [conflito entre a República de Chipre e a Turquia que opõe a maioria grego cipriota e a minoria turco cipriota da ilha]. Guterres destacou que as Nações Unidas, e ele pessoalmente, estão à disposição das duas comunidades cipriotas e dos países avalistas “para apoiar a busca de uma solução que seja aceitável a todos”.
O secretário-geral declarou ainda que as “crises na Geórgia, em 2008, e na Ucrânia, em 2014, mostram que a Europa permanece em risco de novos focos de conflito”. Para o chefe da ONU, o “trágico conflito em curso” na Ucrânia mostra que a “violência localizada tem o potencial de escalar para confrontos mais sérios”.
Guterres declarou que, em conformidade com resoluções do seu Conselho de Segurança e da sua Assembleia Geral, as Nações Unidas permanecem comprometidas em apoiar uma solução pacífica para o conflito, de maneira que defenda plenamente a soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia”.
Paz e desenvolvimento
O secretário-geral defendeu que os conflitos na Europa não são uma tragédia apenas para os que são envolvidos diretamente, mas também estão revertendo ganhos de desenvolvimento e impedindo comunidades e sociedades de atingirem seu pleno potencial para contribuir com prosperidade regional e global.
Guterres ressaltou que “avanço econômico e desenvolvimento sustentável são baseados em paz de longo prazo que, por sua vez, exigem paz e segurança e respeito pelos direitos humanos”.O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou ontem (21) um debate aberto sobre conflitos na Europa. No encontro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que as duas grandes guerras que ocorreram no continente na primeira metade do século XX tiveram um papel decisivo na fundação das Nações Unidas e no Conselho, que “nasceu da convicção que tais conflitos podem e devem ser evitados”. As informações são da Rádio ONU.
Segundo Guterres, nos últimos 70 anos os países da Europa têm estado na “linha de frente da prevenção de conflitos”. Para ele, “instituições europeias mostram eficácia em ligar países com mecanismos baseados em regras para resolver diferenças sem recorrer à violência”. No entanto, o secretário-geral afirmou que não se pode considerar a paz e prosperidade europeias como garantidas, alertando que “a transição para um mundo multipolar está criando imprevisibilidade e riscos maiores”.
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O secretário-geral declarou ainda que as “crises na Geórgia, em 2008, e na Ucrânia, em 2014, mostram que a Europa permanece em risco de novos focos de conflito”. Para o chefe da ONU, o “trágico conflito em curso” na Ucrânia mostra que a “violência localizada tem o potencial de escalar para confrontos mais sérios”.
Guterres declarou que, em conformidade com resoluções do seu Conselho de Segurança e da sua Assembleia Geral, as Nações Unidas permanecem comprometidas em apoiar uma solução pacífica para o conflito, de maneira que defenda plenamente a soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia”.
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O secretário-geral defendeu que os conflitos na Europa não são uma tragédia apenas para os que são envolvidos diretamente, mas também estão revertendo ganhos de desenvolvimento e impedindo comunidades e sociedades de atingirem seu pleno potencial para contribuir com prosperidade regional e global.
Guterres ressaltou que “avanço econômico e desenvolvimento sustentável são baseados em paz de longo prazo que, por sua vez, exigem paz e segurança e respeito pelos direitos humanos”.