Consumidores se assustam com aumento súbito do combustível na Grande Goiânia

Consumidores observam aumento do combustível na Grande Goiânia

Na manhã desta quinta-feira, 15, consumidoras observaram um aumento no valor do combustível na Grande Goiânia. Em relato ao Diário do Estado (DE), duas pessoas diferentes contaram que perceberam uma variação de R$ 0,10 a R$ 0,20 no preço da gasolina e do etanol.

A variação no preço dos combustíveis na Grande Goiânia

Samantha Galvão dirigiu até um posto de gasolina no Setor Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia, quando levou um susto. Na noite anterior, na quarta-feira, 14, ela observou que o etanol estava saindo pelo preço de R$ 3,49 o litro. Em seguida, o preço mudou para R$ 3,79. O mesmo aconteceu com um outro posto em trecho da BR-153.

“É um absurdo. A Petrobras anunciou nesta semana uma redução no preço da gasolina, e a gente sabe que afeta diretamente o etanol. Passamos por um período de safra que era para diminuir o preço, então só porque está se aproximando o período de festas de fim de ano eles aumentaram de novo?”, questiona a microempreendedora.

A estudante Cleuciene Souza percebeu que, na região do Polo Industrial de Aparecida de Goiânia, o álcool passou de R$ 3,44 para R$ 3,55. A gasolina também sofreu alterações.

De acordo com Márcio Andrade, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), em termos de preço médio do mercado, não se constata um aumento de preço. Isso segundo as pesquisas da Agência Nacional de Petróleo (ANP) nas últimas semanas.

“Isso acontece constantemente, com aumento e reduções. O mercado não é estático. Você tem preços se movimentando diariamente. Se for observar os postos como um todo, sempre vai ter movimentações nos postos. É a dinâmica do mercado, que é volátil”, explica.

Desta forma, podem ocorrer variações nos valores, mas não significativas. Além disso, tratam-se de movimentações singulares, que vão de cada posto. São casos isolados, que representam decisões específicas de empresários. Na semana que vem, a perspectiva é de que haja redução no preço do combustível.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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