Quatro meses após reforma, escola alaga em Senador Canedo

Quatro meses após reforma, escola alaga em Senador Canedo

Um vídeo em circulação na internet está deixando os moradores de Senador Canedo indignados. Uma servidora da Escola Municipal Luzia Maria de Siqueira, no conjunto Uirapuru, gravou um vídeo mostrando vazamento  no telhado do pátio coberto da instituição após chuva. O local passou por reforma e foi reinaugurado há quatro meses, em agosto deste ano.

“Olha a situação… Como houve uma obra de meio milhão e estamos vivendo com essa precariedade?”, relatou a servidora que registrou o problema infraestrutura e  prefere não se identificar.

A chuva também teria causado problemas estruturais nos banheiros, como rachaduras no teto. Apesar disso, as aulas não foram suspensas.  A escola atende cerca mil alunos divididos em 14 salas nos turnos matutino e vespertino. À noite, a instituição oferece a modalidade de ensino EJA, voltada para jovens e adultos. 

A reforma da escola custou R$ 529.150,58 para os cofres públicos da prefeitura de Senador Canedo, conforme publicado à época da reinauguração. A obra teria incluído a pintura e revitalização geral, reparo das instalações elétrica e hidráulica, recuperação do piso, execução de dois mil metros de piso em granitina, colocação de forro PVC no pátio coberto e nas salas de aula.

A reportagem do Diário do Estado entrou em contato com a assessoria da prefeitura pedindo nota de esclarecimento, mas não houve rrtorno até a publicação desta edição.

Assista ao vídeo da escola alagada:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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