Neste ano, quase 200 pessoas morreram em rodovias federais de Goiás

Neste ano, quase 200 pessoas morreram em rodovias federais de Goiás

Neste ano, as rodovias federais de Goiás foram palcos de mais de 2 mil acidentes entre 1º de janeiro e 11 de dezembro. Nessas ocorrências, quase 200 pessoas morreram. Em grande parte desses casos, as fatalidades são provenientes de imprudência ou embriaguez, com maior incidência de motoqueiros como vítimas.

Os acidentes em rodovias federais de Goiás

Ao longo de todo o ano de 2021, houve um total de 2.193 acidentes, com 204 mortos e 2.391 feridos. Até o momento, a 20 dias do desfecho do ano, 2022 surge com números bastante similares. Até o último dia 11 de dezembro, foram 2.080 acidentes, com 190 mortos e 2.348 feridos.

“É imprescindível que tenhamos em mãos as estatísticas. Existe uma estatística trazendo a quantidade de acidentes causados por imprudência ou embriaguez. O norte para que tenhamos uma diminuição no número de acidentes seria a obediência às leis de trânsito”, comenta o delegado Thiago Damasceno, da Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO).

O policial acrescenta que é preciso obedecer a itens como velocidade máxima permitida e sinalização, além de não dirigir sob efeito de álcool e sem carteira de habilitação. Havendo essa conscientização da importância de se cumprir a legislação de trânsito, aconteceria uma redução no número de acidentes em Goiás.

“É claro que existem acidentes causados por fatalidade. Um buraco na via, um pneu que estoura, uma culpa exclusiva da vítima, que às vezes adentra a via sem observar o fluxo de trânsito e acaba sendo atropelada. Existem causas que extrapolam o âmbito do condutor, mas o principal norte seria a obediência às leis de trânsito”, conclui o delegado.

Thiago Damasceno também confirma que motociclistas costumam estar mais frequentemente entre os mortos e feridos. Isso porque a própria motocicleta expõe o condutor, e as condições do veículo são mais propícias a causar lesões. Às vezes, uma simples colisão entre automóveis não gera qualquer lesão corporal nos condutores, mas, se envolve uma motocicleta, pode acontecer.

Enquanto os dados das rodovias federais de Goiás chegam a quase 200 mortos, em Goiânia a situação é parecida. Entre 1º de janeiro e 20 de setembro, registrou-se 155 vítimas fatais em dados da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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