Abortos legais em Goiás aumentam 43,33% em relação ao ano passado

Número de abortos legais em Goiás aumenta em relação ao ano passado

A quantidade de abortos legais em Goiás em 2022 aumentou com relação ao ano passado. Até o momento, foram 43 interrupções de gestação, sendo que em 2021 a quantidade terminou em 30. Os motivos por trás dos procedimentos foram por estupro, casos de anencefalia, risco de vida materno e más-formações do feto.

Os abortos legais em Goiás

Dos 30 abortos legais em Goiás no ano de 2021, 27 foram por estupro. Além disso, 2 foram por anencefalia e 1 por má-formação incompatível com a vida. Já em 2022, das 43 interrupções de gestação, 34 foram por estupro, 7 por anencefalia, 1 por risco de vida materno e 1 por má-formação do feto.

Em Goiás, apenas um local permite que se façam abortos legais. Trata-se do Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia. Segundo dados da unidade de saúde, a maior parte das gestantes que solicitam o procedimento tem entre 20 e 35 anos de idade.

Para que a mulher possa realizar o aborto, é necessário apresentar algumas especificações. Gestantes com menos de 18 anos só podem interromper a gravidez por estupro caso tenham registrado boletim de ocorrência; maiores de 18 anos não precisam fazê-lo. Ainda, menores de idade precisam de autorização legal do responsável, assim como pessoas com déficit cognitivo.

Em caso de situação de anencefalia, naturalmente é preciso apresentar um laudo médico comprovando o cenário. Entre as técnicas de abortos, as opções são: indução por medicamentos, procedimentos aspirativos ou dilatação e curetagem.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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