Preso desde 2016, ex-governador Sérgio Cabral vai deixar a cadeia

Preso desde 2016, ex-governador carioca Sérgio Cabral é solto

Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, será solto após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O órgão entendeu que não era necessária a manutenção da prisão preventiva do ex-parlamentar, que estava sob cárcere desde 2016. Com isso, ele será transferido para prisão domiciliar, onde ficará no aguardo do julgamento em última instância do caso.

A situação de Sérgio Cabral

Em 2016, durante a Operação Lava-Jato, o ex-governador Sérgio Cabral chegou a receber 23 condenações, que equivaliam a 420 anos e 20 dias de prisão, por suspeita de comandar uma organização criminosa. Ele frequentou seis unidades prisionais diferentes, nas cidades do Rio, Niterói e Pinhais, no Paraná.

Durante esse período, esteve em prisão preventiva. No entanto, o processo envolvendo seu nome ainda está tramitando na Justiça. Por conta disso, o STF entendeu que o cárcere temporário do ex-governador já se estendeu além do necessário, e decidiu mantê-lo em prisão domiciliar até que haja a conclusão do julgamento.

Isso não significa necessariamente que Sérgio Cabral é inocente, pois a Justiça ainda precisa terminar de julgá-lo. De qualquer forma, ele deve deixar a cadeia na próxima segunda-feira, 19, rumo a um imóvel da família em Copacabana.

Sérgio Cabral governou o estado do Rio de Janeiro entre 2007 e 2014. Além disso, teve uma extensa vida política, com mandatos de senador e deputado estadual.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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