Governo federal irá retomar 436 obras paradas

O governo federal anunciou a retomada de 436 obras paralisadas em todo o país. No total, são 1.600 obras abandonadas. O anúncio foi feito pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, na tarde de hoje (22), em Brasília.

As obras retomadas têm custo de R$ 847 milhões, estão espalhadas pelo Brasil e atendem diretamente à população. Entre as obras retomadas, por exemplo, 89 são creches, pré-escolas ou quadras escolares.

“São obras que têm um apelo muito próximo das pessoas, que são de atendimento da população. São creches, escolas de pequeno porte, intervenções de saneamento. São obras que têm um significado muito grande para aquela população que está sendo atendida. Era uma situação lamentável o abandono das obras no meio do caminho”, disse o ministro, em entrevista coletiva.

A área de educação é a mais beneficiada pela retomada. Das 436 obras retomadas, 230 são dessa área. Uma escola de educação infantil em Campos dos Goytacazes (RJ), outra em Maruim (SE), além de uma quadra escolar coberta em Sarzedo (MG) são alguns exemplos.

É possível acompanhar o andamento das obras pelo aplicativo de celular Desenvolve Brasil, disponível em lojas virtuais, como a Play Store.

Das obras retomadas, 79 já foram concluídas, segundo levantamento feito ainda em dezembro do ano passado. Em junho de 2016, o governo federal detectou a existência de 1.600 obras paradas por diversos motivos, sendo algumas abandonadas há anos.

A estimativa de gastos com todas essas obras é de R$ 3,4 bilhões. Do total, R$ 1 bilhão se refere apenas a obras de saneamento. Oliveira informou que há recursos disponíveis para todas as obras. A meta do presidente Michel Temer é retomar 1.120 delas – 70% do total – até 30 de junho de 2017.

Dentre os empreendimentos já retomados, 189 tinham sido paralisados por abandono da própria empresa contratada. Esse abandono pode ocorrer quando uma empresa estima capacidade de realizar uma determinada quantidade de obras simultaneamente, mas essa capacidade acaba não se confirmando e ela decide abandonar algumas para poder concluir outras. Em outros casos, segundo avaliação de integrantes do ministério do Planejamento, pode ter havido má-fé das empresas na execução dos contratos.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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