Goiás alcança índice vacinal de 98,59% contra aftosa

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O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), divulgou os números da última campanha de vacinação contra febre aftosa no Estado, que alcançou índice vacinal de 98,59%. No total foram vacinados 23.583.366 bovinos e bubalinos de todas as idades, de um total estimado em 23,9 milhões de cabeças. Esta foi a última etapa de imunização do rebanho contra febre aftosa, já que a partir de 2023 a medida será suspensa, conforme decisão já anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Iniciada no dia 1º de novembro e concluída no dia 17 de dezembro, a segunda etapa de 2022 abrangeu também a vacinação contra a raiva de bovinos, bubalinos, equídeos, caprinos e ovinos, em 121 municípios considerados de alto risco para a doença. Conforme registros do Sidago, foram vacinados 11.969.479 animais (bovinos, bubalinos, equídeos, caprinos e ovinos), atingindo índice de vacinação semelhante ao alcançado na imunização contra aftosa.

Novo patamar

O resultado da campanha é fruto do esforço do Governo de Goiás junto aos pecuaristas, com suas entidades representativas e atuação efetiva dos profissionais da área agropecuária, em especial da equipe da Agrodefesa. O Estado está há 26 anos sem registro de focos de aftosa.

“Goiás ultrapassou a meta de vacinação estabelecida pelo Mapa, que é superior a 90%. Atingimos 98,59%, indicando, portanto, que nosso rebanho está protegido e preparado para a retirada da vacina em 2023. Estamos prontos para esse novo patamar sanitário no segmento da pecuária”, enfatizou José Essado, presidente da Agrodefesa.

Providências

Os dados relativos ao número de animais vacinados e ao índice vacinal contra aftosa ainda não são definitivos. Até o dia 30 de janeiro de 2023, os profissionais da Agrodefesa vão notificar os pecuaristas que deixaram de vacinar seus animais para regularizarem a situação. A meta final é que 100% do rebanho esteja protegido para garantir as condições sanitárias exigidas pelo mercado.

Os criadores que deixaram de vacinar ou não apresentaram declaração vacinal ficam bloqueados no Sidago para movimentação e comercialização dos animais. Além disso, são multados em R$ 7 por cabeça não vacinada e em R$ 300 por propriedade não declarada. O próprio sistema da Agrodefesa possui o registro das propriedades inadimplentes, que passam a ser fiscalizadas para o cumprimento dos requisitos legais.

Para regularizar a situação, é preciso requerer a vacinação assistida, que é realizada com acompanhamento da Agrodefesa. Somente após essa providência a propriedade é liberada para movimentação dos animais. Para a vacinação assistida, o produtor deve procurar o escritório local da agência no município em que fica sua propriedade a fim de pegar a autorização para compra da vacina, já que a revenda só pode comercializar o produto mediante autorização.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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