Bolsonaro pode fazer discurso antes de viajar aos Estados Unidos nesta quarta, 28

Em live antes de deixar o poder, Bolsonaro condena atos terroristas

O futuro ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo aconselhado a romper o silêncio e fazer um discurso final antes de deixar o cargo e embarcar para os Estados Unidos. A viagem está marcada para esta quarta-feira, 28. Nos bastidores, aliados estariam pedindo a ele que agradeça novamente os 58 milhões de votos e informe que trabalhará na oposição ao governo do presidente eleito Lula. A expectativa é que o pronunciamento possa ocorrer pela manhã.

 

A “saída” à francesa de Bolsonaro estaria sendo comemorada pela equipe de transição. É que a posse do petista em 1º de janeiro deve reunir cerca de 50 delegações estrangeiras e parte delas estaria preocupada com o risco de atentado durante o evento. Além disso, a ausência do atual presidente em território brasileiro enfraqueceria o movimento de apoiadores com a perda do estímulo à ruptura institucional.

 

Com a decisão de se mudar para o exterior e vivenciar um período sabático por cerca de três meses, a faixa presidencial não será passada por ele a Lula. O vice-presidente Hamilton Mourão também se recusou a cumprir o protocolo. O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira teria o precedente para executar a tarefa, mas, como não é uma exigência legal para garantir o petista no cargo, a coordenadora da cerimônia de posse, a primeira-dama Janja, planeja escolher uma “mulher do povo” para o momento simbólico.

 

A frustração do acionamento de explosivos no aeroporto de Brasília e a identificação de artefato em uma região do Distrito Federal nesta semana fez a equipe de Lula reforçar a segurança do petista e do vice Geraldo Alckmin. Na última segunda-feira, 26, a equipe antibomba da Polícia Federal (PF)  fez uma varredura no hotel onde o eleito está hospedado em Brasília e a Polícia Militar local intensificou a ronda nos arredores.

 

Desde o fim do segundo turno das eleições, em 30 de outubro, Bolsonaro fez cerca de quatro aparições em público. A primeiro foi dois dias após a derrota nas urnas, quando afirmou que cumprirá a Constituição e agradeceu votos sem citar Lula. Na mais recente, ele surgiu andando de moto próximo ao Palácio da Alvorada no dia 24 de dezembro, em Brasília, e ao final conversou com apoiadores que estavam em frente ao local.

 

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Janones pede extinção do PL à PGR

No dia 14 de novembro, o deputado André Janones enviou um ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a extinção do Partido Liberal (PL), partido ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é filiado. A solicitação se baseia na necessidade de proteção do regime democrático brasileiro, que, segundo Janones, tem sido alvo de sucessivos ataques.
 
Janones argumenta que as práticas do PL representam uma ameaça direta à ordem democrática e à paz social. O deputado enfatiza que essas ações comprometem a estabilidade do país e justificam a medida extrema de extinção do partido.
 
A petição destaca a importância de preservar a democracia e a paz social, elementos essenciais para a governabilidade e o bem-estar da população. Janones reitera que o pedido é fundamentado na proteção dos princípios democráticos, que estão sendo constantemente ameaçados.
 
A decisão final caberá à PGR, que deverá avaliar a solicitação e decidir se irá encaminhar o pedido ao Ministério Público. A extinção de um partido político é um processo complexo e raro, exigindo provas robustas de que o partido está comprometendo a ordem constitucional.

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