Posse de Lula tem expectativa de 300 mil pessoas; veja preparativos

A jornada de Lula de volta à presidência

No próximo domingo, 1º, acontece a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após vencer as Eleições e derrotar nas urnas Jair Bolsonaro (PL), o petista vai iniciar o seu terceiro mandato a partir do primeiro dia do ano de 2023. Tal cerimônia será um evento de grandes proporções, com expectativa de 300 mil pessoas presentes em Brasília, cuja entrada é gratuita. Confira abaixo todos os detalhes a respeito da festa.

Os preparativos da posse de Lula

A posse de Lula não será apenas a ocupação formal do principal cargo político do País. A intenção dos idealizadores por trás do evento é de realizar uma cerimônia que atinja diversas outras instâncias da sociedade. Isto é, haverá apresentações musicais, feiras gastronômicas e culturais, venda de kits e um esquema de segurança reforçado.

O Festival do Futuro, cujo apelido é “Lulapalooza”, é o principal chamariz da posse de Lula. A inauguração ocorre às 10h, com um cortejo popular de manifestações culturais como bumba meu boi, fanfarras, violeiros, grupos de capoeira, samba rural, frevo, bloco de Carnaval, blocos afros e diversas outras temáticas tipicamente brasileiras.

Quanto às apresentações musicais, o público presente poderá cantar as canções de artistas como Pablo Vittar, Gaby Amarantos, Duda Beat, BaianaSystem, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Valesca Popozuda, Zélia Duncan e a futura ministra da Cultura, Margareth Menezes. No total, serão mais de 40 artistas.

Na faixa das 13h, acontece a interrupção do Festival de Futuro. Uma hora depois, terá início o desfile de carro aberto na posse de Lula, e em seguida o presidente eleito cumprirá com os compromissos dentro do Congresso Nacional.

Então, junto ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), Lula subirá a rampa do Palácio do Planalto para receber a faixa presidencial. Tradicionalmente, o mais recente presidente transfere a faixa para o seu sucessor. Porém, Bolsonaro não o fará.

Com a expectativa de 300 mil pessoas na posse de Lula, a taxa de ocupação dos hotéis em Brasília está em torno de 80%. No aeroporto da cidade, a projeção é de que 150 mil passageiros transitem pelo local entre 30 de dezembro e 2 de janeiro.

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Justiça condena ex-assessor de Bolsonaro por gesto associado ao supremacismo branco

A Justiça Federal do Distrito Federal condenou Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo crime de racismo. A decisão foi proferida pelo juiz David Wilson de Abreu Pardo, da 12ª Vara Federal de Brasília. Martins foi acusado de fazer um gesto durante uma sessão do Senado, em 2021, que foi associado a símbolos utilizados por supremacistas brancos.

Na época, Martins ocupava o cargo de assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República. O ato foi enquadrado em um crime previsto na Lei do Racismo, que trata de “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

Pena

O juiz determinou uma pena de 2 anos e 4 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial aberto. A prisão foi substituída pela prestação de 850 horas de serviços comunitários e pelo pagamento de R$ 1 mil mensais, durante 14 meses, a uma instituição social indicada pela Justiça. Martins também deverá pagar uma multa de R$ 8.250 e uma indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil.

Na decisão, o magistrado ressaltou que o gesto, considerado supremacista, carrega uma intenção preconceituosa e de discriminação. “Uma manifestação pública e intencional, com sentido de que pessoas brancas são superiores, revela o preconceito e estimula ideias preconceituosas preexistentes”, afirmou o juiz.

Ele destacou ainda o impacto social do caso, considerando a posição de Martins como funcionário de alto escalão do Estado e o contexto de transmissão pública do ato. “Essa manifestação afeta o autorrespeito das pessoas e viola sua dignidade”, concluiu o magistrado.

Defesa e reação

A defesa de Filipe Martins criticou a decisão, classificando-a como um “ataque frontal” ao Direito Penal. Os advogados argumentaram que o gesto em questão possui múltiplos significados, é culturalmente desprovido de caráter ofensivo no Brasil e foi realizado de forma involuntária.

“Se prevalecer o entendimento adotado, qualquer cidadão poderá ser preso com base em interpretações fantasiosas de suas palavras e gestos”, afirmou a defesa, que confirmou que irá recorrer da decisão.

Histórico do caso

Filipe Martins havia sido absolvido em 2021 pelo juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos, que considerou que não havia provas suficientes para o crime, apenas uma interpretação do Ministério Público Federal (MPF). Entretanto, o MPF recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que derrubou a absolvição e determinou a retomada da ação penal.

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