Em Goiás, produção de etanol de cana-de-açúcar deve crescer 6,4%

Conab reforça estimativa de aumento da produção de cana e coloca o Estado na segunda colocação do ranking nacional de maiores produtores

A produção goiana de etanol de cana-de-açúcar deve atingir 4,9 bilhões de litros na Safra 2022/2023, volume que representa um crescimento de 6,4% em relação à Safra 2021/2022. A estimativa é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e foi divulgada nesta terça-feira,27, no 3ª Levantamento da Safra Brasileira de Cana-de-Açúcar. O relatório de acompanhamento do setor sucroalcooleiro trouxe ainda a perspectiva de aumento da produção estadual de açúcar em 2,6%, chegando a 2,2 milhões de toneladas.

De acordo com a Conab, o Estado deve registrar um pequeno recuo na área plantada de cana (-1,1%), compensado, porém, pelo aumento da produtividade das lavouras (+1,9%). No ciclo anterior o produtor goiano colheu 70,5 milhões de toneladas. No ciclo atual a produção deve chegar a 71,1 milhões de toneladas (+0,8%). Ainda segundo a Conab, o resultado, uma vez confirmado, coloca Goiás na segunda posição do ranking nacional de maiores produtores estaduais de cana-de-açúcar.

“A produtividade média das lavouras de cana-de-açúcar deve ficar em 74,6 toneladas por hectare, o que é um resultado positivo. Enfrentamos secas e geadas nas regiões Sul e Sudoeste no ano passado e as lavouras estão se recuperando”, pondera o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça. “O setor sucroalcooleiro tem um peso relevante na economia goiana, então esse desempenho positivo ajuda a puxar outros indicadores importantes, como a criação de empregos no campo e atração de divisas”, destaca.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostra que, de janeiro a outubro deste ano, o cultivo de cana-de-açúcar registrou um saldo positivo de 1.294 vagas de empregos criadas em Goiás. No mesmo período, conforme o Observatório da Agropecuária Brasileira, o Estado exportou 679,6 mil toneladas de produtos do complexo sucroalcooleiro, faturando US$ 268,4 milhões. Os Estados Unidos foram os principais compradores de produtos ligados à cana, com especial interesse em açúcar bruto e açúcar refinado.

Anidro e hidratado

O 3ª Levantamento da Safra Brasileira de Cana-de-Açúcar também traz estimativas individualizadas para as produções de etanol anidro (aquele misturado à gasolina) e de etanol hidratado (vendido nos postos). Em Goiás, a produção de etanol anidro de cana deve crescer 26,3% na Safra 2022/2023 e chegar a 1,2 bilhão de litros. Já a produção de etanol hidratado tem perspectiva de aumento de 0,9%, em relação à safra anterior, alcançando 3,6 bilhões de litros. Por fim, para a produção de etanol de milho a projeção é de estabilidade, mantendo a marca de 378,4 milhões de litros.

 

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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