O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) realizou nesta quinta-feira, 29, a 29ª captação de órgãos em 2022. O doador de 23 anos teve morte encefálica em decorrência de um traumatismo cranioencefálico (TCE). Foram captados coração, pulmão, rins, fígado e córneas. No total, 100 pessoas foram beneficiadas com os órgãos e tecidos retirados na unidade de saúde durante o ano.
Todo o processo seguiu os protocolos para transplantes do Governo de Goiás junto ao Sistema Nacional de Transplantes, que direciona os órgãos para os pacientes cadastrados na fila nacional. O coração e o pulmão seguiram do Hugo para receptores em São Paulo. Fígado, rins e córneas foram destinados a pacientes de Goiás.
A gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Katiuscia Christiane Freitas, explica que o processo de captação de órgãos necessita de uma coordenação efetiva para que tudo aconteça em tempo hábil.
“O coração foi o primeiro órgão captado, pois o limite de horas entre a retirada e o implante é de, no máximo, 4 horas. Em seguida foi o pulmão, que tem o limite máximo de 4 a 6 horas. Para o fígado, o limite de horas entre a retirada do corpo do doador e o implante do receptor é de, no máximo, 12 horas. O rim possui um tempo maior de isquemia, podendo ser de até 36 horas. As córneas foram retiradas por último, pois podem ser captadas em até 12 horas após a parada cardíaca e armazenadas por 14 dias”, detalha.
Para Katiuscia, a forma como os profissionais de saúde acolhem as famílias é fundamental para a doação de órgãos. “Além do trabalho de sensibilização realizado pela gerência, temos profissionais capacitados que conduzem o processo de forma eficaz e acolhedora, promovendo o tão esperado sim dos familiares”.
Na captação desta quinta-feira, as equipes tiveram o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) no transporte do coração e pulmão até o aeroporto de Goiânia. Os órgãos e equipes seguiram para São Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).