Popular, mandioca se tornou “alimento do século” e etanol

Ela é barata, fácil de plantar e simples de ser preparada para as refeições. A mandioca, macaxeira ou aipim ganhou o título de “alimento do século 21” pela Organização das Nações Unidas (ONU). O vegetal genuinamente brasileiro é considerado uma fonte para garantir a segurança alimentar da população, especialmente da mais pobre. Além disso, se tornou matriz para extração de biocombustível e até cerveja.

 

Rica em carboidratos, as folhas da mandioca contêm 25% de proteína, cálcio, ferro, vitaminas A e C. Ela se tornou “hit” saudável com a inclusão no cardápio de adeptos de musculação. Na forma de tapioca, o alimento ajuda o organismo a ter energia para os treinos. Há séculos, no entanto, a mandioca faz parte da dieta dos índios que, depois, conquistou os europeus.

 

As versões clássicas da culinária em Goiás são inúmeras. As festas juninas costumam ter diversas iguarias em que o alimento do século reina ao lado do milho, a exemplo de mané pelado e caldos. Ao longo do ano, almoços e jantares contam com a mandioca frita, cozida e em farinha.

 

A estratégia da instituição é aumentar a produção mundial. Para isso, pequenos produtores em diversos países estão sendo alertados para o manejo mais adequado da planta. É que a forma como parte deles cultiva a mandioca eleva a concentração de gás carbônico, que causa efeito estufa na atmosfera terrestre.

 

O alimento tem como pontos favoráveis para evitar a desnutrição a “familiaridade” com solos secos, com poucos nutrientes e baixa necessidade de água. Com os efeitos climáticos cada vez mais intensos, principalmente em continentes com maior proporção de casos de fome, como América do Sul e África, a mandioca pode minimizar os efeitos negativos da ação humana no meio ambiente.

 

Em países como Tailândia e China, a produção de etanol a partir da mandioca já é uma realidade. Novas usinas estão sendo construídas com esse objetivo. A raiz é usada por uma indústria goiana para fabricar cerveja. São quase duas mil toneladas apenas para esse fim, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).  Os maiores fornecedores estão localizados em Bela Vista de Goiás, Itaberaí, Ipameri, Flores de Goiás e Posse.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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