Fiscais do Meio Ambiente ajudam jovem a dar à luz dentro de carro

Fiscais do Semma ajudam jovem em trabalho de parto dentro de carro, em Aparecida de Goiânia

Uma equipe de fiscais da Secretaria de Meio Ambiente (Semma) de Aparecida de Goiânia ajudou uma mãe a dar à luz dentro de um carro na noite da última quarta-feira, 29. O caso ocorreu na região do Setor Bela Morada. A mãe da jovem foi responsável por chamar os funcionários, que se depararam com a gestante em trabalho de parto no momento em que estavam a caminho da maternidade.

O trabalho de parto dentro de um carro

De acordo com os servidores, Milena Martins, de 19 anos, sentiu contrações e chamou a mãe Mariangela Miguel para levá-la ao hospital. No caminho, dentro do carro, a jovem percebeu que estava em trabalho de parto e avisou a mãe que dirigia o veículo. Ao avistar uma equipe de fiscalização da Semma, Mariangela pediu apoio.

“Não dava tempo de chegar até a Maternidade Marlene Teixeira. Eu não sabia se continuava dirigindo ou se ajudava minha filha. Foi quando eu vi uma viatura da Semma e pedi ajuda aos fiscais que estavam ali”, conta Mariangela, mãe da jovem. 

Os fiscais Ricardo Pires e Lyvia Alves deram apoio conforme o médico do Serviço Móvel de Urgência (Samu) passava orientações por telefone. “Os fiscais ali enrolaram uma manta na bebê, ainda ligada ao cordão umbilical, e nos ajudaram muito naquela hora”, conta Mariângela, que acompanhou o nascimento da neta Eloá Shopia.

A avó conta que, depois dos primeiros procedimentos, elas foram acompanhadas pela viatura da Semma até o Cais Nova Era, unidade de emergência mais próxima do bairro. De lá, a jovem Milena e a bebê Eloá foram encaminhadas para a Maternidade Dona Iris, na capital. 

“A Elóa Sophia nasceu bem, graças a Deus, e deve receber alta no domingo ou segunda-feira, disse o médico”, afirmou sorridente a avó Mariangela Miguel. 

O fiscal de Meio Ambiente Ricardo Pires, que ajudou a mulher no momento do parto, afirma que a experiência foi inusitada. “Foi uma situação inexplicável, iluminada mesmo. A mãe estava desesperada. Eu estava na viatura e corri para ajudar. A menina nasceu rápido. Peguei ela com as mãos. A Lyvia, minha colega fiscal, cobriu a neném com uma manta e depois fomos para o hospital. Fui abrindo caminho com a nossa viatura da Semma e no Cais Nova Era a enfermeira cortou o cordão umbilical”, contou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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