Após quase um mês em tratamento médico, Caiado retorna a Goiás

O governador de Goiás Ronaldo Caiado deve voltar ao estado ainda nesta segunda-feira,2, após quase um mês afastado das atividades por orientação médica. Ele estava em São Paulo desde o início de dezembro, quando passou por uma cirurgia no coração. Por se tratar de uma recuperação delicada, a equipe que acompanhou o político permitiu o retorno somente agora. A alta ocorre um dia após a cerimônia que oficializou como reeleito ao comando do Executivo goiano e na qual a participação foi virtual.

 

Ele deve continuar em repouso na fazenda da família localizada em Americano do Brasil, a 110 quilômetros da capital goiana. A médica cardiologista Ludhmila Hajjar pede 45 dias de descanso antes da retomada de compromissos oficiais. “O governador deverá persistir em repouso relativo, evitando assim aglomerações, exposição a agentes infecciosos e atividades extenuantes”, orientou no último boletim divulgado à imprensa. 

 

Caiado tem despachado por telefone e articulado mudanças no secretariado. No discurso de posse, ele apareceu ao lado de familiares. A boa aparência chamou atenção, assim como o tempo de pronunciamento. Ele falou por 1h30 sobre como recebeu o governo de Goiás há quatro anos, relembrou as dificuldades e os feitos, além de ter se comprometido com a causa social.

 

Por meio da sessão híbrida, o cerimonial da posse foi mantido o mais próximo possível do tradicional. Caiado fez o juramento, recebeu e assinou o termo de posse levado pelo deputado estadual Virmondes Cruvinel e a faixa de governador foi colocada pelas duas filhas. O vice-governador eleito Daniel Vilela assumiu o cargo presencialmente do plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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