Preço de materiais escolares tem variação de até 441,67% em Goiás

Preço de materiais escolares tem variação de até 441,67% em Goiás

Com a proximidade do período de volta às aulas, cresce a procura por materiais escolares nas papelarias e lojas do ramo. A Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiás) realizou, entre os dias 20 e 27 de dezembro, uma pesquisa comparativa de preços de 119 produtos com o objetivo de informar os compradores sobre produtos em valores mais acessíveis.

Ao todo, 15 estabelecimentos, de diferentes portes, foram vistoriados, de forma presencial e aleatória, por equipes técnicas do Procon Goiás em diversas regiões de Goiânia, como os setores Central, Campinas, Oeste, Nova Suíça, Bueno, Morada do Sol, dos Funcionários e Vila Nova. A diferença mais alta de preços atingiu 441,67%, notada no valor da caneta esferográfica, encontrada entre R$ 1,20 e R$ 6,50. Lancheira (373,26%), apontador simples (366,67%), pincel de pintura com cerda chata (345,67%) e apontador de plástico com furo e depósito (297,50%) fecham a lista das cinco maiores variações.

Ainda de acordo com a pesquisa, materiais como giz de cera fino (82,63%), caneta esferográfica (58,70%), cola líquida branca (57,14%), tela para pintura (55,35%) e bloco de papel colorido (45,61%) apresentaram as maiores variações na média de preços em comparação com o mesmo período de 2022. Por outro lado, borracha branca (-11,26%), TNT fino (-10,84%), lápis preto número dois (-9,22%), caixa de tinta guache (-5,30%) e lapiseira (-4,46%) tiveram queda no valor.

O Procon Goiás orienta pais, mães e responsáveis que produtos como álcool, tinta para impressora e papel higiênico não podem ser cobrados na lista de material escolar, uma vez que são de responsabilidade da instituição, que já recebe o valor da mensalidade para o custeio. Apenas itens ligados ao processo didático-pedagógico dos estudantes, de preferência que tenham durabilidade, podem ser solicitados. Além disso, a unidade de ensino não pode exigir marca, modelo ou estabelecimento comercial exclusivo para a aquisição deles. Já sobre uniformes, a venda pode sim ter exclusividade, desde que a escola não incorra em prática abusiva na cobrança.

Dicas

Usar o tempo a favor é uma boa saída para encontrar melhores preços, afirma o Procon Goiás. Pesquisas feitas com antecedência podem auxiliar na preservação do orçamento familiar. Procurar lojas que concedem descontos em compras volumosas de materiais também é um trunfo positivo neste momento. Além disso, se possível, evite levar as crianças para o momento da compra, uma vez que elas têm tendência a desejar produtos de marca e da moda, geralmente mais caros e nem sempre de qualidade.

Outra observação a ser feita é sobre produtos do ano letivo anterior que ainda podem ser reaproveitados. Compras no mercado informal podem gerar dor de cabeça, mesmo com preço mais em conta. Exija sempre nota fiscal, fundamental em caso de vícios, e analise se os produtos a serem adquiridos contam com informações precisas em língua portuguesa, prazo de validade, identificação e o endereço do importador de forma explícita. O prazo para reclamações sobre danos varia de 30 dias para produtos não duráveis e 90 dias para os duráveis.

Os dados completos sobre a pesquisa comparativa podem ser encontrados no site do Procon Goiás (procon.go.gov.br).

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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