Depois de abraçar Lula na posse, bolsonarista Flávia Arruda deixa o PL

Depois de abraçar Lula na posse, bolsonarista Flávia Arruda deixa o PL

A ex-ministra bolsonarista Flávia Arruda pediu desfiliação do Partido Liberal (PL). A solicitação aconteceu nesta segunda-feira, 2, um dia após ela abraçar o presidente Lula (PT) durante a cerimônia da posse. Segundo aliados, a motivação por trás da saída teve origem em desentendimentos com a sigla, após o apoio interno a Damares Alves (Republicanos) na disputa do Senado.

A desvinculação de Flávia Arruda ao PL

Até o ano passado, Flávia Arruda era uma das grandes figuras do PL. Presidente do partido no Distrito Federal, ela ocupou o posto de ministra de Secretaria de Governo no mandato de Jair Bolsonaro (PL). No entanto, as Eleições de 2022 teriam causado uma ruptura entre as partes.

Isso porque Flávia Arruda disputou o cargo de senadora no Distrito Federal. Algumas figuras importantes do governo Bolsonaro, como a ex-primeira dama Michelle, optaram por manifestar o apoio a uma parlamentar de fora do partido, apesar de aliada. No caso, Damares Alves.

O resultado dessa equação é que Damares acabou sendo eleita com 45,25% dos votos. Flávia Arruda terminou em segundo lugar, com 27,21%, recebendo quase 300 mil votos a menos em relação à vencedora. Isso teria sido um motivo de desconforto entre a então senadoriável e o PL.

Além disso, a crítica pública do partido ao resultado oficial das urnas também teria incomodado a ex-ministra. O abraço dela a Lula no início desta semana acabou selando a questão. Flávia Arruda se reuniu com Valdemar Costa Neto, presidente do partido, e ambos acertaram a desfiliação.

Com isso, Bia Kicis ocupará o posto de presidente do PL no Distrito Federal. Quanto a Flávia Arruda, ainda não se sabe se ela se filiará a um novo partido.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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