Na manhã desta segunda-feira, 9, um dia depois de atos antidemocráticos tomarem Brasília, Ronaldo Caiado reuniu uma cúpula de segurança pública a fim de definir estratégias. O governador de Goiás interrompeu a própria licença médica para conversar pessoalmente com diversas figuras. A discussão aconteceu na sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado, em Goiânia.
A reunião de Caiado
Na cúpula de Caiado, estiveram presentes também o secretário de segurança Pública, Renato Brum; o comandante da Polícia Militar, coronel André Henrique Avelar; e o delegado geral da Polícia Civil, Alexandre Lourenço. Depois de se reunir com vários representantes, o governador de Goiás conversou com a imprensa em entrevista coletiva.
“Seguimos atentos a qualquer outro tipo de distúrbio que possa acontecer. É importante que se diga neste momento, para que toda a população saiba, que não podemos de maneira alguma admitir que o resultado de uma eleição possa dar margem a esse tipo de atitude que ocorreu na nossa capital”, destacou Ronaldo Caiado.
O governador de Goiás também fez questão de ressaltar que “ninguém tem mais história de luta e oposição política contra e esquerda e o PT” do que ele mesmo, desde 1985. Porém, Caiado jamais admitiu em qualquer momento que houvesse a quebra do respeito ao Estado Democrático de Direito.
Os próximos passos
Caiado relata que recebeu um telefonema de Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, em nome do presidente Lula. O ministro solicitou apoio nas rodovias e batalhões de choque no Entorno do Distrito Federal. O governador de Goiás afirma que houve a transferência imediata do pedido à Secretaria de Segurança Pública.
Daqui para frente, Caiado reitera que mandará esvaziar toda área que contiver acampamentos em frente a quartéis e for responsabilidade do governo de Goiás. Já nas áreas específicas dos quartéis, a responsabilidade ficará com o general Carlos Alberto Rodrigues Pimentel.
Ainda nesta segunda-feira, o governador se reunirá com senadores, deputados federais e estaduais no Palácio das Esmeraldas. A intenção é debater o momento político atual. No final do dia, o vice-governador Daniel Vilela viaja a Brasília a fim de participar das reuniões. Por recomendações médicas, Caiado permanecerá em Goiânia.