Ruas e lojas lotadas exigiram paciência de comerciantes e de clientes

Milhares de pessoas procuraram a região da Rua 44 no domingo para as compras de fim de ano

A região da Rua 44, no Setor Norte Ferroviário, recebeu milhares de pessoas que foram ao local preparadas para as compras de final de ano. Isso exigiu paciência por parte de lojistas e clientes.  O polo comercial de distribuidor de moda da Rua 44 tem mais de 12 mil lojas e é um dos maiores do país, perdendo apenas para São Paulo e Santa Catarina. No local trabalham 30 mil pessoas diretamente e mais de 100 mil indiretamente. Segundo dados da Associação Empresarial da Região da Rua 44 (Aer44), existem no local mais de 80 empreendimentos, entre galerias, shoppings, lojas de rua e hotéis, com mais de 5 mil leitos. Visitam o centro de compras gente do país todo e de alguns países da América Latina, sendo mais frequentes compradores da Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia.

Os compradores seriam atraídos pela grande variedade encontrada nas modas masculina, feminina, modinha, praia, íntima e em peças jeans, além de acessórios e calçados.Estima-se, segundo a Aer44, que a movimentação mensal seja em torno de R$ 500 milhões, mas que este montante seja bem maior em dezembro. A associação acredita que este seja o maior shopping a céu aberto da América Latina.

Por causa do grande volume de negócios e de pessoas na região, a Polícia Militar desenvolveu uma operação especial de monitoramento na região e a Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) desviou o tráfego de veículos em alguns pontos da região. A recomendação para compradores que irão ao centro de compras na última semana que antecede o Natal é a de que cheguem ao centro de compras de ônibus, uber ou táxi e redobrem a atenção com itens pessoais para evitar furtos e roubos.

Paciência

Januária da Silva veio de Gurupi (TO) para comprar roupas para os dois filhos, para ela e o marido e para os pais dele e dela passarem as festas de Natal e de ano novo. Para compensar os gastos com a viagem, ela ainda comprou roupas para revender na cidade. “Preciso ganhar um dinheirinho no final do ano”, contou a mulher, desempregada há dois meses. Ela estava em uma loja de um shopping na Rua 44 e reclamava do volume de clientes sendo atendidos pela mesma vendedora. “A moça precisa ter paciência, mas a gente também”. A vendedora não conseguiu dar entrevista ao Diário do Estado.

Ambulantes vendendo roupas, calçados e acessórios lotaram as calçadas e parte das ruas da região e também devem faturar alto este ano. Para Josué Matias Cintra, a venda de pares de meia na calçada foi um bom negócio. “Até parece que todo pai vai ganhar meias nesse Natal”, ri, dizendo que tem de buscar mercadorias três vezes ao dia no carro estacionado a duas quadras dali. Apesar de comemorar o sucesso de vendas, Josué disse que é preciso ter paciência com a repressão que os ambulantes sofrem por parte da fiscalização. “Quando a gente vê, larga cliente, dinheiro do cliente e sai correndo para não perder a mercadoria”.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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