Em menos de 24 horas, PRF apreende 49 ônibus que participaram dos atos golpistas

Em menos de 24 horas, PRF apreende 49 ônibus que participaram dos atos golpistas

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deu início a uma operação para combater os responsáveis por atos golpistas em Brasília no último domingo, 8. As manifestações terroristas culminaram na invasão e depredação do Palácio do Planalto. Em resposta, as autoridades já apreenderam 49 ônibus em menos de 24 horas, no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.

A operação contra atos golpistas

O efetivo da PRF está estrategicamente distribuído em um “cinturão” viário que compreende as principais rodovias de acesso à capital federal. Já na noite de segunda-feira, 9, a atuação da PRF resultou na apreensão de 25 ônibus particulares que foram fretados para transportar manifestantes.

Nesta segunda-feira, outros 24 veículos de transporte coletivo foram interceptados na mesma situação. Em todas as ocorrências, os policiais identificam e conduzem os passageiros para unidades da Polícia Federal. Os veículos abordados e itens apreendidos são encaminhados aos órgãos responsáveis pelas investigações, e ficam à disposição da justiça.

Entre as ocorrências contra golpistas, alguns recortes merecem destaque:

– Santa Maria/DF: um ônibus que seguia para Minas Gerais foi abordado na BR-040. Entre os passageiros estavam dois policiais militares (um reformado e outro da ativa), ambos portando arma de fogo e munições. No momento da abordagem, para causar tumulto, um dos militares usou spray de pimenta no interior do ônibus.

– Três Marias/MG: também na BR-040, policiais rodoviários federais realizaram vistoria a ônibus com manifestantes. Desta vez, encontraram em posse dos ocupantes estojos de bombas de gás lacrimogêneo já deflagradas, além de um cartão de acesso do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

– Onda Verde/SP: PRFs de plantão inspecionaram ônibus, agora na BR-153. Apesar da aparente normalidade, o olhar atento da equipe percebeu que alguns dos passageiros apresentavam hematomas nas pernas, como possível resultado de disparo de elastômeros (balas de borracha). Na entrevista pessoal, foi possível constatar que também se tratavam de manifestantes.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública disponibilizou o e-mail [email protected] para receber informações sobre pessoas e veículos que participaram dos atos antidemocráticos no último domingo. Em caso de emergências e denúncias em rodovias federais, o telefone da Polícia Rodoviária Federal é o 191.

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Cobertura de nuvens da Terra diminui, intensificando o aquecimento global

Pesquisas da NASA revelam que a Terra vem recebendo mais energia solar do que é capaz de refletir de volta ao espaço, desequilíbrio que agrava o aquecimento global. Embora o fenômeno tenha sido associado principalmente às emissões de gases de efeito estufa, à redução do gelo polar e à diminuição de partículas na atmosfera que refletem a luz solar, cientistas acreditam que esses fatores não explicam completamente o problema.

Recentemente, o climatologista George Tselioudis, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, identificou um fator adicional: a redução da cobertura de nuvens reflexivas ao redor do mundo. Nos últimos 10 anos, essas nuvens diminuíram de maneira perceptível, ainda que em um grau relativamente pequeno, permitindo a entrada de mais luz solar e intensificando o aquecimento global. Em entrevista à revista Science, Tselioudis destacou: “Estou confiante de que esta é a peça que faltava.”

A equipe analisou duas regiões principais de formação de nuvens na atmosfera terrestre: o cinturão equatorial, onde os ventos alísios convergem, e as latitudes médias, onde correntes de jato geram sistemas de tempestades. Dados iniciais, baseados em 35 anos de imagens de satélites meteorológicos diversos, apontaram que as nuvens equatoriais estão encolhendo e que as trilhas de tempestades em latitudes médias estão se deslocando em direção aos polos, reduzindo sua área de influência. Contudo, inconsistências entre os satélites limitaram a precisão das conclusões.

Para eliminar essas incertezas, o novo estudo utilizou exclusivamente dados do satélite Terra, que monitora o planeta há 25 anos. A análise confirmou uma redução na cobertura de nuvens de aproximadamente 1,5% por década. Cerca de 80% dessas mudanças decorrem do encolhimento das nuvens, em vez de alterações em sua capacidade de refletir a luz solar.

Agora, o desafio dos pesquisadores é compreender as causas desse encolhimento. Caso esteja relacionado às mudanças climáticas, o fenômeno pode representar um agravante significativo para o cenário ambiental global, acendendo um novo alerta na comunidade científica.

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