Gustavo Gayer pede que advogados ajudem golpistas presos em Brasília

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O deputado federal eleito por Goiás nas eleições do ano passado, Gustavo Gayer, está pedindo ajuda de advogados para prestar assistência jurídica aos golpistas presos em Brasília no último domingo, 08. Além dele, o major do Exército Hugo Christiani, que foi candidato ao mesmo cargo em 2022, está convocando um mutirão de advogados em prol do grupo.

 

“Pedi pra um advogado meu que mora lá perto ir pra lá ver o que eles estão precisando pra gente fazer uma vaquinha e comprar água comida o que for preciso e serviço de advocacia também de forma voluntária. Se você é advogado de Brasília, da região de Sobradinho, por favor vá lá pra ver o que essas pessoas estão precisando, veja qual é a situação em que elas estão agora e se há algo que possamos fazer para ajudá-las. Essa pessoa não simplesmente ser abandonadas desse jeito e ser tratadas da forma como estão sendo tratadas”, clamou Gayer.

 

Ele disse que não é deputado nem tem gabinete ou estrutura para assistir os envolvidos nos atos antidemocráticos. O eleito afirma que as pessoas estão reclamando de fome e sede, além de haver crianças e idoso em meio aos demais. Gayer ainda criticou a reunião de governadores com o presidente Lula porque os políticos não teriam se preocupado com a condição do grupo. Na perspectiva deles, nenhum dos presos cometeu crimes, exceto os que vandalizaram os prédios sede dos Três Poderes. 

 

Christiani fez um pedido semelhante aos seguidores. Ele afirmou por meio de uma postagem em rede social que está tentando organizar um mutirão de advogados, por isso pede que parentes de bolsonaristas presos que estejam sem defesa legal ou profissionais interessados em trabalhar voluntariamente entrem em contato. De acordo com ele, “não tem nada a ver com política partidária, mas com a proteção das garantias e liberdades individuais”. 

 

Nesta segunda-feira, 9, bolsonaristas apreendidos pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) durante atos de vandalismo no Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto prestaram depoimento e afirmaram que empresários do agronegócio financiaram os movimentos terroristas e as manifestações em Brasília. Cerca de 1,2 mil pessoas foram presas por estarem envolvidas por terem depredado os prédios públicos na Esplanada dos Ministérios no último domingo. 08.

 

Semente

 

Em novembro do ano passado, o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, se manifestou a favor dos atos democráticos dentro de um acampamento bolsonarista. Um áudio dele que circulou pela internet mostra a relação entre o movimento e o ex-presidente da República. “Eu sei que muitos estão reclamando, porque, olha, não apareceu ninguém, ninguém fala nada, e coisa e tal. Gente, isso vai muito além do que simplesmente uma eleição ou um presidente. Isso é uma semente que nasceu, o nosso herói Jair Bolsonaro foi quem começou no Brasil o despertar de uma consciência coletiva política de amor ao Brasil, à pátria, à bandeira.”

 

Assista ao vídeo:

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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