Governo Lula detecta nova ameaça golpista e pede reforço ao STF

Bolsonaristas presos após atos terroristas são vacinados contra Covid-19

Nesta quarta-feira, 11, o governo Lula detectou uma nova ameaça golpista em grupos de aplicativos de mensagens. Representantes do presidente da República denunciaram a “Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder”e solicitaram reforço ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu medidas imediatas ao ministro Alexandre de Moraes.

Nova ameaça golpista em Brasília

No último domingo, 8, manifestantes participaram de atos antidemocráticos e terroristas em Brasília, culminando na prisão de mais de mil pessoas. O governo Lula declarou que não toleraria esse tipo de manifestação golpista, aplicando a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e reestruturando a fiscalização contra esse tipo de protesto.

Com isso, pessoas do governo Lula detectaram uma nova ameaça golpista de bolsonaristas, marcada para as 18h desta quarta-feira. O advogado-geral da União, Jorge Messias, solicitou providências ao STF em diferentes estados, devido à “iminência de entrar com grave situação novamente”.

Neste momento, a Polícia do Exército, o Regimento de Cavalaria e batalhões da Guarda Presidencial estão reforçando a segurança no Palácio do Planalto. Policiais detiveram centenas de manifestantes que estiveram envolvidos nos atos, e o caso segue gerando repercussões. Uma delas, em Goiás, culminou na exoneração do assessor do deputado estadual Coronel Adailton (PRTB).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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