Goiás deve crescer produção de arroz e feijão ante a tendência de queda no país

Safra 2022/23 de arroz e feijão terá aumento em Goiás, ao contrário da produção nacional que apresenta tendência de queda

A produção total de arroz em Goiás deve passar de 85,5 mil toneladas da safra 2021/22 para 96,8 mil toneladas na safra 2022/23, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira,12. O volume representa um acréscimo de 13,2% e segue na direção contrária do país, cuja expectativa da companhia aponta para queda na produção, passando de 10,8 milhões de toneladas no ciclo anterior para 10,3 milhões na atual safra – declínio de 4%.

Apesar da diminuição na área plantada de arroz no estado, passando de 18,9 mil hectares para 18,3 mil hectares, o incremento na produção está diretamente relacionado à produtividade das lavouras goianas, que deve alcançar o volume de 5,3 mil quilos por hectare – aumento de 17% em relação à safra anterior, quando a produtividade foi de 4,5 mil quilos por hectare.

Considerando a produção por cultivo de arroz, Goiás registra ainda crescimento tanto no irrigado – principal cultivo – quanto de sequeiro. A produção de arroz irrigado no estado deve crescer de 78,3 mil toneladas para 88,4 mil toneladas (acréscimo de 12,9%), com a produtividade subindo de 4,9 mil quilos por hectare para 5,8 mil quilos por hectare (17,3%). Já a produção do arroz sequeiro deve ir de 7,2 mil toneladas para 8,4 mil toneladas (16,7%), em uma produtividade de 2,8 mil quilos por hectare.

Feijão

A produção de feijão no estado também deve alcançar números positivos, segundo prognóstico da Conab, mais uma vez divergindo da expectativa para a safra nacional. Goiás deve produzir, no total das três safras de feijão, 290,1 mil toneladas no período 2022/23, um aumento de 2,9% na comparação da safra anterior, que foi de 281,9 mil toneladas. O principal destaque é para a produtividade do feijão 2ª safra, que deve crescer 70,3%, passando de 715 quilos por hectare para 1,2 mil quilos por hectare, alçando a produção de 11,9 mil toneladas para 20,3 mil toneladas (aumento de 70,6%).

“Enquanto observamos a diminuição da área plantada, tanto de arroz quanto de feijão no país, temos Goiás alcançando bons números de produção e produtividade, assegurando boa parte da segurança alimentar da nossa população”, avalia o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça. “Temos que reconhecer o trabalho importante dos nossos produtores, que investem nessa produção, assim como da Embrapa e da Emater (Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária), que levam tecnologias que auxiliam nesse aumento”, complementa.

Outros grãos

Considerando todos os grãos produzidos, a expectativa é de que Goiás aumente a área plantada, produção e produtividade de modo geral. No comparativo da safra 2021/22 com a safra 2022/23, o estado deve crescer a área plantada de 6,9 milhões de hectares para 7,1 milhões de hectares (aumento de 2%); a produtividade de 4,1 mil quilos hectare para 4,4 mil quilos por hectare (aumento de 7%) e a produção de 28,8 milhões de toneladas para 31,4 milhões de toneladas (aumento de 9,2%).

Segundo o levantamento, a soja, principal produção goiana em termos de volume, tem expectativa de produção de 16,8 milhões de toneladas para a safra 2022/23. Já o milho total deve alcançar a produção de 12,8 milhões de toneladas, sendo 11,1 milhões de toneladas somente na safrinha. Outras culturas também têm bons prognósticos como o girassol (37,4 mil toneladas); sorgo (1,2 milhão de toneladas); trigo (135 mil toneladas) e gergelim (1,5 mil toneladas).

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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