Chacina em Aporé: Homem enrolou corpos em rede e escondeu em carretinha

Chacina em Aporé: Homem enrolou corpos em rede e escondeu em carretinha

O homem responsável por cometer uma chacina contra a própria família em Aporé, no Sudoeste do estado, atirou nas vítimas, enrolou os corpos em uma rede e colocou dentro de uma carretinha. A informação foi revelada pela Polícia Civil (PC), que contou que Fábio José Mafra de Oliveira deixou uma carta confessando o crime e se matou logo em seguida. 

O crime foi cometido na fazenda da família no município de Aporé. Segundo o delegado Ederson Bueno, Priscylla de Oliveira Franco Mafra, de 37 anos, e os filhos foram atingidos com tiros na cabeça. A mãe e as crianças, com idade entre 7 e 13 anos, morreram na hora.

“Todos os corpos estavam enrolados em redes dentro de uma outra carretinha fora do barracão. Na carta em que ele explicou o que teria acontecido e a motivação, ele disse que a companheira não deixava ele exercer a autoridade de pai, já que não era o pai das crianças, que vinham tendo algumas discussões e que teria tido uma discussão durante um passeio ali na fazenda, em um córrego, e ali ele teria sacado a arma e atirado contras vítimas”, contou o delegado.

Bueno afirmou que o suspeito não tem registro de  violência doméstica contra a vítima. Fábio também não tinha passagem pela polícia e não há indícios de que o crime tenha sido planejado. 

Férias da família em Aporé

A família estava passando as férias na fazenda que pertencia a eles, em Aporé. Os corpos foram encontrados por um amigo do suspeito na segunda-feira, 16, após receber uma mensagem de Fábio pedindo para que ele fizesse um serviço. Todas as vítimas foram encontradas mortas. 

A mãe das crianças é ex-servidora da Prefeitura de Serranópolis e trabalhava como coordenadora de um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município. Os filhos da vítima se chamavam Danilo Junior. Savana Daniele e Guilherme.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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