Envolvido na chacina do Distrito Federal, Thiago tem passagem por receptação

Marcos Antônio Lopes de Oliveira e Thiago Gabriel Belchior são suspeitos de serem os mandantes do crime, mas também podem ser vítimas

Um dos suspeitos de ser mandante da chacina no Distrito Federal que culminou na morte de seis pessoas, Thiago Gabriel Belchior tem passagem policial. Ele já recebeu condenação de um ano e quatro meses de reclusão, no regime semiaberto, pelo crime de receptação. Isso ocorreu pela posse de veículo furtado e com placas adulteradas.

Entenda o caso da chacina

Em Paranoá, região administrativa do Distrito Federal, Horácio Carlos Ferreira foi preso e prestou depoimento à polícia. Suspeito de envolvimento no crime, ele contou a sua versão do que aconteceu.

Segundo ele, Marcos Antônio e o filho Thiago mandaram matar a cabeleireira Elizamar da Silva. A mulher era esposa de Thiago e nora de Marcos, e tinha três filhos: os gêmeos Rafael e Rafaela da Silva, de seis anos de idade, e Gabriel da Silva, de sete.

De acordo com a polícia, a motivação da chacina era uma quantia de dinheiro no valor de R$ 400 mil relativa à venda de um terreno de Renata Juliene Belchior, esposa de Marcos, além de R$ 100 mil de Elizamar. Marcos e Thiago, inclusive, teriam pagado um total de R$ 100 mil para Horácio, Gideon Batista de Menezes e Fabrício da Silva Canhedo, os outros suspeitos presos, cometerem o assassinato.

O plano original, ainda segundo Horácio, era de matar “apenas” Elizamar. Porém, tudo mudou quando a mulher chegou com os três filhos pequenos na casa de Marcos. Inicialmente, os responsáveis pelo crime amordaçaram as vítimas, mas depois mataram todas por asfixia. Posteriormente, queimaram os corpos em um carro em Cristalina, no Entorno do Distrito Federal.

Os autores da chacina também teriam mantido a esposa de Marcos, Renata, ao lado da filha, Gabriela, em cativeiro antes de matá-las. Policiais encontraram dois corpos do sexo feminino em um carro de Unaí, em Minas Gerais, e a suspeita é de que sejam Renata e Gabriela. Caso essa suspeita se confirme, assim como a identidade dos corpos do outro carro perto de Luziânia, o total de vítimas chega a seis.

Marcos e Thiago seguem desaparecidos, assim como Cláudia, amante de Marcos, e a filha Ana Beatriz. A suspeita é de que os quatro fugiram juntos, mas eles também podem ser vítimas.

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Cobertura de nuvens da Terra diminui, intensificando o aquecimento global

Pesquisas da NASA revelam que a Terra vem recebendo mais energia solar do que é capaz de refletir de volta ao espaço, desequilíbrio que agrava o aquecimento global. Embora o fenômeno tenha sido associado principalmente às emissões de gases de efeito estufa, à redução do gelo polar e à diminuição de partículas na atmosfera que refletem a luz solar, cientistas acreditam que esses fatores não explicam completamente o problema.

Recentemente, o climatologista George Tselioudis, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, identificou um fator adicional: a redução da cobertura de nuvens reflexivas ao redor do mundo. Nos últimos 10 anos, essas nuvens diminuíram de maneira perceptível, ainda que em um grau relativamente pequeno, permitindo a entrada de mais luz solar e intensificando o aquecimento global. Em entrevista à revista Science, Tselioudis destacou: “Estou confiante de que esta é a peça que faltava.”

A equipe analisou duas regiões principais de formação de nuvens na atmosfera terrestre: o cinturão equatorial, onde os ventos alísios convergem, e as latitudes médias, onde correntes de jato geram sistemas de tempestades. Dados iniciais, baseados em 35 anos de imagens de satélites meteorológicos diversos, apontaram que as nuvens equatoriais estão encolhendo e que as trilhas de tempestades em latitudes médias estão se deslocando em direção aos polos, reduzindo sua área de influência. Contudo, inconsistências entre os satélites limitaram a precisão das conclusões.

Para eliminar essas incertezas, o novo estudo utilizou exclusivamente dados do satélite Terra, que monitora o planeta há 25 anos. A análise confirmou uma redução na cobertura de nuvens de aproximadamente 1,5% por década. Cerca de 80% dessas mudanças decorrem do encolhimento das nuvens, em vez de alterações em sua capacidade de refletir a luz solar.

Agora, o desafio dos pesquisadores é compreender as causas desse encolhimento. Caso esteja relacionado às mudanças climáticas, o fenômeno pode representar um agravante significativo para o cenário ambiental global, acendendo um novo alerta na comunidade científica.

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