Guarda Civil ameniza crise com Iris

O mal estar gerado pelas declarações do prefeito Iris Rezende (MDB) de que lugar da Guarda Civil Metropolitana é vigiando prédios públicos, foi amenizado ontem pelo porta-voz da corporação, Valdsom Batista. “A Guarda Civil já vem fazendo esse trabalho de proteção dos patrimônios públicos e nunca deixou de fazer. O que vai acontecer agora é o remanejamento de algumas equipes envolvidas em outros projetos para intensificar a segurança da rede municipal durante o período de férias escolares”, explica.

Iris Rezende afirmou que a GCM deixaria de atuar no patrulhamento da cidade. “Isso é atribuição da Polícia Militar e da Polícia Civil. A GCM vai cuidar apenas de prédios públicos municipais, escolas, parques, postos de saúde, segundo a determinação do prefeito, para evitar que o patrimônio público seja depredado e que material seja furtado”, disse o prefeito.

A deputada Adriana Accorsi, do Partido dos Trabalhadores (PT), e Washington Moreira, Presidente da Associação dos Servidores da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia, consideraram a ação do prefeito retrógrada. Segundo Valdsom Batista, existe confusão entre patrulhamento ostensivo e preventivo. “O trabalho preventivo, no qual a viatura se desloca entre escolas, conversa com os responsáveis das escolas e os pais de alunos não para. Nossos guardas não ficam parados na porta de escolas fazendo vigilância em determinados expedientes, mas fazem na verdade o patrulhamento preventivo delas”.

Sobre os comentários de Accorsi e Moreira sobre a falta de monitoramento eletrônico nos prédios públicos da capital, Batista lembra que já existe esse tipo de serviço e a prefeitura planeja continuar ampliando para ajudar na prevenção de crimes.

“Como guarda civil, não vou virar a cara para um crime que estiver acontecendo enquanto cumpro as minhas funções, pois sou agente público de segurança e a lei diz que tenho que auxiliar na prevenção e proteção. Sobre o trabalho de monitoramento da guarda nas ruas, ele continua como sempre foi: tem que passar pela aprovação do comandante para determinar se podemos ajudar a PM ou a PC em prisões e outras ações”, completa Valdsom Batista.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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