Não existe projeto de moeda única Brasil e Argentina, diz Haddad

Não existe projeto de moeda única Brasil e Argentina, diz Haddad

O projeto de uma moeda única entre Brasil e Argentina que substitua o real e o peso não existe, disse nesta segunda-feira, 23, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em evento com empresários dos dois países em Buenos Aires, o ministro declarou que o que está em estudo é a viabilidade de uma moeda digital comum que seria usada apenas em trocas comerciais, para reduzir a dependência em relação ao dólar.

Mais uma vez, o ministro esclareceu que a eventual moeda comum não substituiria as atuais correntes e que a ideia é diferente da apresentada pelo governo anterior.

“Recebemos dos nossos presidentes uma incumbência de não adotar uma ideia que era do governo anterior, que não foi levada a cabo, da moeda única. O meu antecessor, Paulo Guedes, defendia muito uma moeda única entre Brasil e Argentina. Não é disso que estamos falando. Isso gerou uma enorme confusão, inclusive na imprensa brasileira e internacional”, declarou Haddad.

De acordo com o ministro, a moeda comum ainda será discutida por um grupo de trabalho, ao longo de vários anos. Para Haddad, a ideia dinamizaria o comércio entre os países latino-americanos de forma melhor que outros instrumentos usados no passado, como o pagamento em moedas locais dispensando o dólar e os Convênio de Pagamento e Créditos Recíprocos (CCR), tipo de câmara de compensação entre os países do continente, abolidas pelo Brasil em 2019.

“Não se trata da ideia de uma moeda única. Trata-se de avançarmos nos instrumentos previstos e que não funcionaram a contento, nem pagamento em moeda local e nem os CCRs dão hoje uma garantia de que podemos avançar no comércio da maneira como pretendem os presidentes”, esclareceu o ministro.

Metas de inflação

Em entrevista coletiva após o evento, Haddad disse que uma eventual mudança na meta de inflação deve ser discutida com “sobriedade”. O ministro procurou explicar uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse em entrevista a uma emissora de televisão na semana passada que a atual meta de inflação, de 3,25% para 2023 (com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo), atrapalha o crescimento da economia.

Ao lado do ministro da Economia argentino, Sergio Massa, Haddad disse ver a discussão com tranquilidade. Ele acrescentou que uma inflação baixa é sempre o cenário mais desejável, sobretudo para diminuir a perda de renda das camadas mais vulneráveis da população.

“Tudo isso [a mudança da meta de inflação] tem que ser ponderado, com sobriedade, e olhando para o mercado, olhando qual é o comportamento dos preços, qual a chance de a gente convergir pra uma inflação mais baixa, que é sempre o mais desejável, sobretudo pensando na parte mais vulnerável economicamente da população”, disse. “É ter tranquilidade para enfrentar esse tipo de discussão”, declarou Haddad.

Com base na meta de inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide a taxa Selic (juros básicos da economia). Nas atas mais recentes do Copom, no entanto, o órgão informou que está mirando a conversão da inflação para o centro da meta em 2024, não este ano.

Em dezembro, o órgão previa que a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminaria 2023 em 5%, acima do intervalo superior da tolerância da meta, que é de 4,75%. Uma eventual elevação do centro da meta para 3,5% ou 4%, mantendo a tolerância de 1,5 ponto percentual, faria a inflação de 2023 ficar dentro da banda superior.

Segundo Haddad, é necessário olhar não apenas para o centro da meta, mas para os limites superiores e inferiores. “Tem chance de a gente pelo menos a gente estar dentro da banda, que é relativamente alta no Brasil, que é 1,5 [ponto percentual para mais ou para menos]”, acrescentou.

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Natal do Bem recebe 300 mil visitantes nos primeiros 10 dias

Nos primeiros 10 dias de realização, o Natal do Bem 2024 já recebeu 300 mil pessoas, oferecendo um espetáculo de luzes, som e alegria para os visitantes.

Promovido pelo Governo de Goiás, em parceria com o Goiás Social e a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), o evento aguarda mais de 1,5 milhão de visitantes até o final da programação, no dia 5 de janeiro, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, reforçando sua posição como o maior Natal gratuito do país.

Natal do Bem

Com uma área de 30 mil m² decorada para proporcionar verdadeira imersão natalina, o Natal do Bem tem programação variada. As atrações incluem cenas teatrais, música clássica e popular, além de apresentações com bailarinos, cantores, acrobatas e artistas circenses.

Os visitantes podem também se encantar com a Vila do Papai Noel, a Vila de Brinquedos, a Vila Gastronômica, com 25 quiosques, e a Vila Gelada, onde a neve artificial cria experiência mágica para crianças e adultos.

Uma imponente árvore de Natal de 40 metros e 2,7 milhões de pontos de luz completam o cenário, transportando os visitantes para um mundo de fantasia e celebração.

“O Natal do Bem 2024 será inesquecível, isso eu posso garantir. A cada ano que passa, o Governo de Goiás melhora ainda mais esse evento, que é pensado para assegurar às crianças e famílias em vulnerabilidade o direito de viver a magia do Natal. Inclusive, neste ano, com novidade especial, que é a roda-gigante inédita em Goiás”, destacou a presidente de honra da OVG e coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado.

Ainda segundo ela, o número expressivo de visitantes demonstra o impacto positivo da iniciativa para Goiás.

“Em apenas 10 dias, 300 mil pessoas já passaram por aqui, o que confirma o quanto o Natal do Bem é importante. Este evento não é apenas uma celebração natalina, é uma experiência que emociona e transforma vidas”.

Além de promover a magia do Natal, o evento mantém o compromisso com a segurança e acessibilidade: equipes de apoio de saúde e segurança estão presentes, e a estrutura conta com rampas de acesso, piso tátil e intérpretes de Libras para garantir que todos possam participar e se emocionar.

Para muitos visitantes, o Natal do Bem é mais do que um espetáculo: é uma oportunidade de reunir a família e vivenciar a tradição.

“Eu nunca tinha visto nada assim. Parece que entramos num conto de Natal de verdade. A gratuidade permite que todos, principalmente famílias que não têm condições de pagar por entretenimento, possam participar dessa experiência. É emocionante ver os olhos das crianças brilhando”, compartilhou Valdirene Sampaio, que foi pela primeira vez ao Natal do Bem.

Funcionamento

O Natal do Bem funciona de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas. Apenas nos dias 24 e 31 de dezembro, o horário será diferente: das 19 até às 21 horas.

Serviço
14 de novembro a 5 de janeiro
3ª feira a domingo – 18h às 23h
24 e 31 de dezembro – 19h às 21h

Ônibus e estacionamento gratuitos

Para facilitar o acesso ao evento, o Natal do Bem terá duas linhas especiais de ônibus gratuitas para as famílias chegarem ao local sem preocupação. A Rota 1 sairá do Shopping Flamboyant até o CCON. E a Rota 2 partirá da Praça Cívica rumo ao CCON.

Além das linhas especiais gratuitas, haverá outras duas linhas regulares da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC). A Linha 990, partindo do Terminal Praça da Bíblia. E a Linha 991, que sai do Terminal Isidória. Ambas vão desembarcar no CCON.

Para quem for no carro, serão seis estacionamentos gratuitos com 12 mil vagas rotativas, 5 mil a mais do que em 2023. Aqueles que optarem por ir no táxi ou utilizar transporte por aplicativo terão ponto para embarque e desembarque no CCON.

Linhas de ônibus exclusivas
Linha 990 – Terminal Praça da Bíblia / Praça Cívica / Oscar Niemeyer
Linha 991 – Terminal Isidória / Flamboyant / Oscar Niemeyer
Linha gratuita – Praça Cívica / Oscar Niemeyer
Linha gratuita – Shopping Flamboyant / Oscar Niemeyer

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