O suspeito de quebrar um relógio histórico no Palácio do Planalto durante os atos democráticos foi preso nesta segunda-feira, 23, em Uberlândia, no interior de Minas Gerais. Trata-se de Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, mecânico de uma oficina de veículos em Catalão, no Sudeste de Goiás.
A prisão preventiva foi solicitada pela Polícia Federal e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lesa Pátria. O preso será interrogado na delegacia de Polícia Federal do município mineiro e passará por audiência de custódia virtual, sendo encaminhado até o sistema prisional da cidade em seguida.
Antônio é um dos participantes dos atos antidemocráticos que atingiram Brasília em 8 de Janeiro. Segundo testemunhas, ele teria chegado à capital nacional na madrugada do dia 8 e estacionou o veículo no Eixo Monumental. O suspeito deixou o local por volta das 20h do mesmo dia e chegou em Catalão ainda de madrugada, sendo visto pela última vez andando na cidade.
O crime foi descoberto após vídeos divulgados pelo Fantástico no dia 15 de janeiro, que mostraram o momento em que Cláudio destrói o artefato e, em seguida, tenta destruir uma câmera de monitoramento, dando golpes com um extintor de incêndio. Duas ligações anônimas para a polícia auxiliaram na identificação de Cláudio.
Relógio histórico
O relógio quebrado por Antônio é do século 17 e foi um presente da Corte Francesa para dom João VI. O artefato é um dos dois produtos feitos por Martinot, relojoeiro de Luís XV. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui metade do tamanho da peça que foi destruída por vândalos no Palácio. O valor do item é considerado fora do padrão.