Campanha para prefeito recomeça em Iaciara nesta quarta, 25; entenda

iaciara

Os eleitores de Iaciara terão pouco mais de uma mês para escolherem outro prefeito para a cidade. O atual e vice tiveram os diplomas cassados por terem usados “laranjas” para justificar doações de origem não identificada ou de fonte vedada. Os nomes eram de servidores municipais. A campanha eleitoral começa nesta quarta-feira, 25, e a votação será em 5 de março. O município tem 5.993 pessoas aptas a votar.

 

Na representação do Ministério Público Eleitoral (MPE) feita ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 2021, os promotores destacaram que a prestação de contas dos eleitos em Iaciara como prefeito, Haicer Sebastião Pereira Lima, e do vice, Marcos Pereira de Macedo, foi desaprovada por diversas irregularidades. Eles afirmaram que  funcionários da prefeitura doaram  R$ 48.140,00 em apenas nove dias, além de ter sido detectada a padronização de valores, dias e horários em 47 dos 52 depósitos recebidos. 

 

Em Cachoeira Alta, uma situação parecida pode desencadear novas eleições municipais. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes decidiu suspender a realização de novo pleito na cidade até o julgamento final do Recurso Especial pelo TSE.

 

Legislação

 

O Código Eleitoral prevê a realização de eleições suplementares em três casos por determinação da Justiça Eleitoral: indeferimento do registro, cassação do registro ou diploma (como no caso de Iaciara), ou perda de mandato de candidato mais votado em pleito majoritário, independentemente do número de votos obtidos por ele.

 

A nova eleição poderá ocorrer de forma indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato. Ou de forma direta, nos demais casos e deve ocorrer durante o período do mandato da eleição de referência.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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