“Maguito formou uma escola de boa política”, diz Caiado em homenagem

O governador Ronaldo Caiado participou, nesta terça-feira, 24, de uma homenagem ao ex-prefeito e ex-governador Maguito Vilela, que completaria 74 anos hoje. A cerimônia foi realizada na Cidade Administrativa, em Aparecida de Goiânia, município que o político governou por dois mandatos (2009 a 2016). Além do descerramento de um busto em frente ao prédio do Executivo municipal, a prefeitura exibiu um vídeo em memória de Maguito, falecido em janeiro de 2021 por complicações da Covid-19.

Caiado foi recebido no gabinete do prefeito Vilmar Mariano, momento em que afirmou que Maguito “formou uma escola” de política, ao longo de mais de 40 anos de vida pública. Pouco depois, em discurso, se referiu à trajetória do político. “Maguito teve uma trajetória rara. Foi vereador, deputado, senador e governador. Poucos homens percorreram esse caminho e ele fez isso num curto espaço de tempo”. “Se naquele busto tivesse uma palavra, estaria a palavra gratidão, por tudo que Maguito fez por Aparecida”, completou o prefeito.

Filho do homenageado, o vice-governador Daniel Vilela agradeceu o gesto. “Não tenho dúvida em afirmar que ele viveu, politicamente, seus melhores dias aqui nessa cidade. Nunca se cansou de dizer que foi o momento mais realizador da vida pública dele. E uma homenagem depois de dois anos da sua passagem, no seu aniversário, demonstra que os aparecidenses o terão no seu coração de forma eterna”, ressaltou. Também estavam presentes outros filhos de Maguito, Vanessa e Miguel; a viúva, Flávia Teles; e os irmãos Leila, Nice e Nélio.

Parceria

Durante o evento, Caiado reforçou que pretende trabalhar em parceria com a prefeitura de Aparecida. “Estou à inteira disposição de Aparecida, vamos ampliar nossos convênios e ações conjuntas. Sei da importância e da relevância daqui, polo de desenvolvimento do estado”, garantiu. Entre as ações previstas, o Governo de Goiás estuda criar um gabinete da vice-governadoria no município e aumentar investimentos em educação e segurança pública, entre outras áreas.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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