Carnaval deve movimentar R$ 5,8 bilhões

As atividades turísticas ligadas ao carnaval devem movimentar este ano aproximadamente R$ 5,8 bilhões, segundo pesquisa divulgada hoje (6) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento mostra que serviços de alimentação em bares e restaurantes vão responder por 57,3% da receita, o equivalente a R$ 3,31 bilhões.

Apesar da expectativa, o volume de recursos movimentado no carnaval deste ano deve ser 5,7% menor do que o apurado no mesmo período do ano passado e o pior desempenho das atividades turísticas para esse período dos últimos três anos.

O transporte rodoviário deve movimentar por R$ 977,9 milhões e os serviços de alojamento em hotéis e pousadas, R$ 652,5 milhões. Com o setor de bares e restaurantes, os serviços podem responder por mais de 85% de toda a receita gerada no período carnavalesco, considerado o maior feriado do calendário nacional.

Segundo a CNC, se descontada a inflação, a queda real do faturamento será a maior dos últimos cinco anos, de 8,6%. “Apesar da tendência recente de uma menor variação dos preços dos serviços típicos nesta época do ano, a retração real da renda tem imposto a necessidade de ajustes frequentes no orçamento das famílias, através da postergação dos gastos não essenciais, como é o caso do lazer”, disse o economista Fábio Bente, da CNC.

O Rio de Janeiro é o estado que pode ter maior movimentação de recursos, com expectativa de circulação de R$ 2,4 bilhões, seguido de São Paulo, com R$ 1,5 bilhão e, juntos, devem concentrar 68,2% da receita do setor no período. Destacam-se as movimentações em Minas Gerais (R$ 332,7 milhões) e em três estados da região Nordeste, Bahia (R$ 308,7 milhões), Ceará (R$ 140,3 milhões) e Pernambuco (R$ 131,4 milhões).

Segundo Bente, a possível queda no faturamento do turismo no carnaval de 2017 não se deve à aceleração dos preços típicos de bens e serviços, com mais demanda nesta época do ano. Os dados indicam que, nos últimos 12 meses, a variação média de preços foi de 5,8%, a menor desde os 5,5% de 2009 e inferior aos 13,2% do ano passado.

As atividades turísticas que compõem o faturamento do turismo no carnaval de 2017 são alojamento, alimentação, turismo, esporte e lazer, agências de viagens, transporte rodoviário, transporte aéreo, transporte e locação de veículos.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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