Com demanda por vaga em CMEIs, Defensoria Pública faz mutirão

defensoria

A grande procura de famílias por vagas em creches na rede municipal de educação de Goiânia motivou a Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) a criar um número de whatsapp exclusivo para atender as reclamações. A instituição está realizando um mutirão para avaliar todos os casos até a próxima sexta-feira, 27. Cerca de 300 senhas foram entregues somente na manhã desta quarta-feira, 25.

 

Aproximadamente 40 pessoas por dia procuram atendimento pedindo auxílio para garantir a matrícula na educação infantil. De acordo com as informações da assessoria de imprensa, 80% das pessoas que procuraram a DPE-GO não conseguiram vaga e os outros 20% conseguiram, mas há quilômetros de casa.

 

Por meio do número de whatsapp disponibilizado, o (62) 9505.3460, os pais ou responsáveis podem detalhar a situação e conferir como pleitear o atendimento e a lista de documentação necessária para dar entrada com pedido judicial.  O mutirão de atendimento ocorre  na sede da Defensoria Pública, localizada no Setor Marista, das 8 às 18 horas. 

 

O serviço depende de apresentação de RG e CPF ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH), comprovante de endereço atualizado (últimos dois meses),  comprovante de renda ( último contracheque e carteira de trabalho) ou de necessidade econômica e ainda documentos da criança ou adolescente (certidão de nascimento, nome completo e endereço da instituição de preferência para a matrícula, cartão de vacina da criança, orçamento completo de duas escolas ou berçários que possam receber a criança em período integral e protocolo de inscrição feito pela internet ou relatório do Conselho Tutelar.

 

“Bolsa”

 

O direito à educação está garantido por lei e é dever do Estado. A mediação da DPE-GO ajuda a viabilizar as vagas por via judicial. Quando isso não ocorre, uma vaga em escola ou creche particular pode ser paga pela prefeitura. A possibilidade não tem previsão legal. Ela ocorre como um entendimento jurídico de que, se o poder público não oferece a vaga na na instituição pública, passa a ser necessário bancar a matrícula na rede particular para assegurar o acesso da criança ao ensino regular. 

 

Justamente por não estar literalmente em nenhuma legislação, esse pagamento pode ocorrer apenas por meio de uma ação judicial ou mesmo mandado de segurança. O defensor público especializado na área de Infância e Juventude, Daniel Kenji afirma que o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) tem uma súmula consolidada sobre o tema. Os desembargadores defendem que é direito fundamental da criança o atendimento em creche ou pré-escola pública ou mantida pelo município situada perto de onde mora. 

 

Se isso não ocorrer, eles admitem o bloqueio de valores em caso de descumprimento da obrigação. Entre 2013 a 2018, de 248 decisões do TJ em processos sobre direito de matrículas apenas em 19% dos casos houve determinação de que fosse realizada a matrícula em unidade da rede privada com custeio da administração pública.

 

Nas demais, a sentença foi de garantia de vaga na rede municipal apesar de a prefeitura efetivar a matrícula em unidades já no limite da capacidade de atendimento, segundo o artigo “Judicialização do direito à matrícula em creche no município de Goiânia (GO): Da garantia do mínimo existencial ao ativismo”, de Ana Paula da Silva, Fabiana Mendes Pulcineli e João Carlos Queiroz.

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos