Goiás alcança redução histórica em indicadores de crimes violentos

Levantamento da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP) aponta redução em quase todos os índices criminais analisados no período de 2018 a 2022. O estudo, divulgado nesta quarta-feira, 25, mostra que a maior queda foi no número de latrocínios, roubo seguido de morte, que reduziu 70%. Registros de lesão seguida de morte teve queda de 55,7% e o crime de homicídio doloso, que tem a intenção de matar, a diminuição ficou em 44,5%.

O resultado histórico foi comemorado pelo governador Ronaldo Caiado. Sob sua gestão, o setor recebeu R$ 300 milhões em investimentos para viaturas, armamentos e obras. “A população goiana se sente encorajada para denunciar o bandido. Antes havia receio, pois sabiam que poderiam ser retaliados, nada acontecia ao bandido. Hoje bandido não dá ordem, cumpre pena”, garantiu.

Os indicadores são do Observatório de Segurança Pública do Estado de Goiás e provenientes do Sistema de Registro de Atendimento Integrado (RAI), utilizado por todas as forças de segurança. Além dos crimes contra a vida, também houve queda nos crimes contra o patrimônio, como roubo de carga e de veículos, que caíram mais de 80% em quatro anos. Na zona rural, houve uma redução de 73% nos roubos a propriedades.

O maior desafio, de acordo com a pasta, é o combate ao feminicídio, crime que tem recebido prioridade nas ações de planejamento e estratégia para o ano de 2023. O secretário de Segurança Pública, coronel Renato Brum, afirmou que as Polícias Civil e Militar vão reforçar o trabalho executado pelo Batalhão Maria da Penha e delegacias especializadas em crimes contra a mulher, fechando o cerco contra agressores. “Vamos mostrar que não há impunidade. Agressores têm de ir para a cadeia”, afirmou.

Durante a cerimônia, o governador disse que o segundo mandato deve ser de avanços também na utilização de tecnologias. “Será na aquisição da inteligência artificial, com metodologias cada vez mais modernas na parte preventiva. Vamos ainda desarticular cada vez mais a capacidade de ação dentro dos presídios, para que não sejam quartéis generais do crime, tal como eram”, detalhou Caiado.

Concurso público

A perspectiva é que o trabalho das forças de segurança ganhe reforço com a convocação, a partir de fevereiro, de 1.710 policiais aprovados no último concurso público da Polícia Militar. Também estão em andamento concursos para o Corpo de Bombeiros e Polícia Civil, além da previsão de realizar concurso para a Polícia Técnico-Científica.

Estiveram presentes na divulgação do balanço da SSP os secretários Gean Carvalho (Comunicação) e Coronel Luiz Carlos de Alencar (Casa Militar); o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel André Henrique Avelar de Sousa; o sub-secretário de Segurança Pública, Deusny Aparecido; o subcomandante do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás, Jailton Figueiredo; o diretor-geral da Administração Penitenciária (DGAP), Josimar Pires; o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Marcos Egberto Brasil de Melo, e o superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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