Irmão do ex-secretário de saúde de Goiás é preso por corrupção e desvio de verba

A casa do ex-secretário de saúde de Goiás e deputado federal, Ismael Alexandrino, está sendo alvo de uma operação da Polícia Civil (PC) na manhã desta quinta-feira, 26. Ele é suspeito de facilitar que o irmão, Daniel Alexandrino, desviasse recursos de contratos firmados pelo estado para a aquisição de produtos hospitalares durante a pandemia de Covid-19. O valor dos contratos supera a bagatela de R$ 10 milhões, de acordo com a PC, responsável pela operação.

Daniel, inclusive, foi preso pela corporação em São Luiz Montes Belos, junto de outras duas pessoas identificadas como Andreia e Fernando, que atuariam como ‘laranjas’. Eles são investigados por corrupção e desvio de dinheiro em Organizações Sociais (OSs) na compra de medicamentos, respiradores e outros produtos hospitalares.

Até o momento, a PC cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e três de prisão, além do bloqueio e sequestro de bens. Vale lembrar que o ex-secretário já foi investigado em outras ocasiões por corrupção.

Casa dos ex-secretário é alv0o de operação. (Foto: Divulgação/PC)

Investigação

A investigação teve início após o recebimento de informações da Superintendência de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (SCCCOR) sobre irregularidades na execução de contratos de gestão celebrados entre a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e a organização social Instituto Brasileiro de Gestão Compartilhada (IBGC), a qual teria subcontratado (terceirizado) a empresa de Daniel, a AMME SAÚDE LTDA, para prestação de serviços médicos em hospitais geridas pela OS.

A organização social é responsável por gerir cinco unidades hospitalares no estado, sendo que nos contratos de gestão celebrados para gerir o Hospital Estadual de Itumbiara e as Policlínicas das Regionais de São Luís dos Montes Belos e da cidade de Goiás, teria direcionado ao menos 11 subcontratações à empresa AMME SAÚDE LTDA por meio de processos de contratações simulados.

As investigações, de acordo com a PC, também identificaram indícios de que os investigados teriam promovido declarações falsas no contrato social da empresa AMME SAÚDE LTDA, registrando-a em nome de terceiros (laranjas) com o intuito de disfarçar o vínculo familiar de Daniel e Ismael. Na época em que foram firmados os contratos, no final de 2022, o fato de serem irmãos os impedia de realizar o contrato com o poder público.

Daniel teria desviado recursos por meio da empresa. (Foto: Divulgação/PC)

Crimes

Os crimes em apuração pela PC, até o momento, são de organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro. Em nota, a defesa do deputado afirmou que Ismael está colaborando com as investigações e que sempre “garantiu total transparência e lisura em todos os processos da pasta”. Já a SES informou que a operação é um reflexo do trabalho de uma força-tarefa instalada na pasta antes da atual gestão da secretaria.

A SES informou ainda que o Governo de Goiás não admite eventuais desvios dentro da gestão pública e seus mecanismos de controle trabalham de forma permanente para coibir e investigar qualquer indício de irregularidade.

Três pessoas foram presas e bens bloqueados. (Foto: Divulgação/PC)

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Funcionário furta R$ 1,5 milhão de banco no ES e tenta fugir para o Uruguai

Um funcionário do Banco do Brasil no Espírito Santo foi flagrado pelas câmeras de segurança furtando R$ 1,5 milhão da tesouraria da agência Estilo, localizada na Praia do Canto, em Vitória. O crime ocorreu no dia 14 de novembro, quando Eduardo Barbosa Oliveira, concursado há 12 anos, deixou o local carregando o dinheiro em uma caixa de papelão por volta das 17h.

De acordo com a Polícia Civil, o furto foi planejado por Eduardo e sua esposa, Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos. A dupla chegou a alterar a senha do cofre, adquiriu um carro para a fuga e embalou objetos pessoais, sugerindo uma mudança iminente.

Após o crime, os dois tentaram fugir percorrendo mais de 2.200 quilômetros até Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de cruzar a fronteira com o Uruguai. Contudo, foram presos no dia 18 de novembro graças à colaboração entre a polícia e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Compra do carro com dinheiro furtado

Durante as investigações, a polícia descobriu que Paloma esteve na agência no dia do furto para depositar R$ 74 mil, parte do valor roubado, e utilizou esse dinheiro para comprar o veículo usado na fuga. Com as informações obtidas na concessionária, as autoridades identificaram o carro e conseguiram localizar o casal, prendendo-os no mesmo dia.

O caso foi denunciado pelo próprio Banco do Brasil após perceber a ausência do montante em seus cofres.

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