Em Goiás, amputações aumentam 41% em dez anos 

O registro de perda de extremidades do corpo em Goiás subiu 41% em dez anos. As amputações mediante cirurgia ou acidente chegaram a 4.810 procedimentos entre 2012 e 2021 pelo o Sistema único de Saúde (SUS). De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), a diabetes é responsável por 70% dos casos não traumáticos de membros inferiores.

 

Um estudo com dados do Ministério da Saúde revela que parte das amputações poderia ter sido evitada por meio do controle de doenças que podem comprometer a vascularização e saúde como um todo. Fatores de risco como tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia, idade avançada, insuficiência renal e histórico familiar aumentam as chances de perder um dos membros. Segundo ele,  a taxa de amputação no Brasil é elevada comparada a  países com maior poder aquisitivo.

 

“Como regra geral, os fatores que levam a amputação, são pacientes portadores de diabetes que apresentam alguma pequena lesão no pé e que por falta de circulação adequada, falta de sensibilidade, deficiência no sistema imune, essas pequenas feridas com grandes infecções e necroses acabam levando amputação de dedo, pé e até mesmo a perna”, afirma o titular da SBACV, Sergio Belczak.

 

A situação exige cuidados com a saúde psicológica e com o coto, como enfaixar e limpar diariamente. A rotina é importante para ajudar na adaptação de próteses, que podem ajudar os pacientes a retomar as atividades diárias e reconquistas a qualidade de vida. Um dos casos é o da publicitária e influenciadora digital Letícia Silvério, 28 anos. Aos cinco anos de idade ela teve um câncer na perna esquerda. Mesmo após se recuperar, ficou com sequelas nos movimentos e, aos 14 anos, por iniciativa própria, decidiu amputar o membro. Desde então passou a usar próteses. 

 

“Protetização não é uma receita de bolo. É necessário um tratamento completo de reabilitação e adaptação do paciente, independente de qual seja o componente que ele utilize. Isso acontece desde o começo do processo, antes mesmo de a pessoa receber a prótese, e depois que passa a utilizá-la. Por isso deve ocorrer o acompanhamento de toda a equipe técnica”, afirma o técnico ortopédico Leonardo Ferreira.

 

Os números mostram a necessidade do desenvolvimento de tecnologias cada vez mais avançadas para as próteses. Além disso, o acompanhamento multidisciplinar para pacientes que passam por esses procedimentos é fundamental para a adaptação à nova realidade e às próteses que, rotineiramente, precisam de ajustes ao corpo do paciente. Em Goiânia, as pessoas com essa condição podem acessar serviços para reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida nas redes públicas e privadas. Um das clínicas especializadas é a alemã Ottobock, que referência mundial na área com atuação na capital goiana.

 

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Jovem de SP é encontrada em Goiás após fugir para encontrar namorado virtual

Uma jovem de São Paulo foi encontrada nesta terça-feira, 17, em Aparecida de Goiânia após fugir de casa para se encontrar com um namorado virtual que conheceu em um jogo online. Segundo a Polícia Militar de São Paulo, a garota viajou de ônibus de Marília, no interior de São Paulo, no último sábado, 14, e desembarcou no munícipio para encontra o namorado.

Após o desaparecimento, a família da jovem denunciou o caso para a PM de São Paulo e autoridades realizaram buscas pela adolescente no município. A corporação, então, entrou em contato com a polícia de Goiás para auxílio na procura.

Diligências do Comando de Policiamento Regional Metropolitano (CRPM) encontraram a jovem no setor Cidade Vera Cruz. No local, a adolescente conversou com familiares e, ao ser questionada sobre o último contato com a família, contou que se despediu dos parentes e que não planejava retornar o contato por um longo período. “Eu falei que iria ficar um mês sem falar com eles”, afirmou.

A jovem e outros envolvidos no caso foram conduzidos pela Polícia Civil de Goiás até a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depai), onde prestaram depoimentos.

A adolescente será encaminhada de volta para São Paulo e será acompanhada pelo Conselho Tutelar, além de serviços de proteção à infância e juventude.

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