Governo e Defensoria Pública assinam parceria para melhorar atendimento jurídico aos presos

O governador Marconi Perillo assinou hoje (23) Termo de Cooperação com a Defensoria Pública do Estado e a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) para acompanhamento individualizado de presos que já cumpriram pena, aguardam liberação, mas que ainda não foram soltos em função de dificuldades burocráticas. O documento também foi assinado pela defensora Pública-Geral do Estado, Lúcia Silva Gomes Moreira, pelo secretário interino de Segurança Pública e Administração Penitenciária, coronel Edson Costa, e pelo superintendente-executivo de Administração Penitenciária, coronel Victor Dragalzew Junior.

Na oportunidade, o governador pediu apoio da Defensoria Pública para cumprimento da Lei de Execução Penal, que entre outros pontos recomenda a regionalização do sistema prisional. “Esse é um tema sensível”, observou Marconi. A defensora pública-geral do Estado informou ao governador da criação do Grupo de Trabalho para Monitoramento do Sistema Carcerário de Goiás, formado por nove defensores públicos, o que possibilitou a assinatura Termo de Cooperação com a SSPAP.

Segundo ela, a parceria com o órgão estadual de segurança pública e execução penal é uma ação preventiva, para que Goiás não sofra os problemas vivenciados recentemente por outros Estados da Federação no sistema prisional. A proposta de trabalho da Defensoria-Pública, explicou Lúcia Silva Gomes, prevê a humanização dos presídios e a garantia da saúde e integridade dos presos, além do fiel cumprimento do tempo de condenação das sentenças judiciais, daí a atuação do grupo de trabalho de monitoramento carcerário, criado pelo órgão, com apoio do Governo do Estado. “Queremos fazer uma gestão ao lado do governo estadual”, frisou a Defensora Pública-Geral.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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