Chuva forte causa estragos em Goiânia e em Aparecida de Goiânia

O temporal da tarde deste domingo, 29, está deixando estragos em Goiânia e em Aparecida de Goiânia. Em Goiânia, a marginal Botafogo transbordou e a água invadiu a pista. No Parque Lozandes, próximo ao Paço Municipal, a rua foi inundada. Vídeos também mostram parte do telhado do Buriti Shopping, em Aparecida de Goiânia, com vazamento na área interna. Na mesma região, o estacionamento de um condomínio no setor Cruzeiro do Sul e região próxima alagado. Um outro conjunto de apartamentos na Vila Alzira teve parte do muro destruído com a forte chuva.

A previsão do tempo era de risco de formação de tempestades para hoje. Para a semana, a expectativa é de áreas de instabilidade em todo o estado devido à combinação calor e umidade. As chuvas podem vir localmente fortes, acompanhadas de rajadas de vento e raios, de acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).

A previsão é que até março ocorram chuvas intensas em todas as regiões goianas, exceto no oeste do estado, e que as temperaturas se mantenham altas. O País está sob influência de um fenômeno natural chamado La Niña pelo terceiro ano consecutivo que causa resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico que provoca aumento no volume de chuvas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, já os estados do Sul registram calor intenso e seca severa. A duração é de nove a 12 meses com frequência a casa  dois ou sete anos. Os registros começaram em 1950 e notificaram esse tipo de ocorrência de 1954 a 1956 e depois entre 2010 e 2012. Um dado inédito é que o fenômeno ocorreu por quatro anos de 1973 a 1976.

Assista aos vídeos:

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp