AMMA resgata 455 animais silvestres em residências e comércios de Goiânia

AMMA resgata 455 animais silvestres em residências e comércios de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia resgatou 455 animais silvestres, em 2022, em residências e estabelecimentos comerciais da capital. As ações ocorreram após a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) ter sido acionada pela comunidade.

De acordo com o presidente da Amma, Luan Alves, o número elevado de resgate mostra que os animais estão próximos dos seres humanos. A prefeitura atua de forma precisa, principalmente pela quantidade de Áreas de Preservação Permanente (APP) presentes em Goiânia, que possui mais de 60 parques.

“Nossos parques abrigam inúmeros animais, e eles podem sair desses locais e se aproximar das residências, principalmente se alguém alimentá-los, o que é proibido, pois altera o seu balanceamento. Eles possuem comida própria nas unidades de conservação”, explica o presidente.

Cobra resgatada em Goiânia (Foto: Divulgação / AMMA)

Conforme a Amma, também houve, de janeiro a dezembro, 118 orientações, por telefone, para situações em que não foi necessário o resgate de animais.

“Ao ligar na Amma, damos esse direcionamento, após triagem técnica, quando a situação não é passível de resgate”, explica a gerente de Proteção e Manejo de Fauna da Amma, Isabela Saddi. Na maioria dos casos, o animal sairá do local por conta própria, sem apresentar risco para si mesmo ou para o ser humano.

Gambá resgatado pela AMMA em Goiânia (Foto: Divulgação / AMMA)

Segundo Isabela Saddi, o tipo de resgate varia conforme a época. “Em tempos de chuva, os mais comuns são os das espécies de gambá, sagui, maritaca, periquito e aves no geral. Além disso, é comum encontrar na capital macacos prego e guariba. Esses dois aparecem próximos a residências, principalmente nos períodos de estiagem. Não alimentá-los é importante para evitar que criem o hábito de permanecer naquele local, pelo fato de não necessitar caçar o próprio alimento e possuir espaço para dormir”, explica.

Pássaros resgatados pela AMMA em 2022 (Foto:  Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma))

Além da Amma, que atende pelo telefone 161 ou (62) 3524-1422, o resgate de animais também é realizado pelo Corpo de Bombeiros, pelo número 193, nos casos em que os bichos estejam em local alto, sendo exigida instrumentação específica para resgate.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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