Governo de Goiás e Prefeitura se unem para regularização de bairros de Goiânia

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab), assinou, nesta terça-feira, 31, um termo de cooperação técnica com a Prefeitura de Goiânia para regularização fundiária em 15 bairros da capital. Assinaram o documento o presidente da Agehab, Pedro Sales, e o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, em encontro realizado no Paço Municipal. A parceria visa garantir celeridade nos processos de regularização fundiária na capital, em bairros como Parque Anhanguera, Setor Pedro Ludovico e Setor Sul, entre outros.

Pedro Sales lembra que milhares de famílias esperam em desalento pelo reconhecimento de sua propriedade e agora este esforço ganhará novo contorno, já que a união entre os dois entes federativos tende a agilizar e otimizar o processo.

“A palavra é parceria. A união do Governo do Estado e da Prefeitura de Goiânia vai garantir resultados marcantes na regularização fundiária na capital. É determinação do governador Ronaldo Caiado que o Estado faça esse resgate histórico”, sublinha o presidente.

Serão objetos iniciais deste trabalho áreas já em fase de regularização como Parque Anhanguera, Bairro Anhanguera, Rua 115 do Setor Sul, Madre Germana 1 e 2, São Carlos, Dom Fernando I, Bairro Floresta, Vila Mutirão e Jardim Curitiba. Em outros bairros, o trabalho será iniciado a partir da assinatura do termo de cooperação, caso do Setor Pedro Ludovico, Areião 1 e 2, São Domingos e Real Conquista. “Firmamos uma parceria para troca de conhecimento e para otimizar o trabalho em processos que necessitam de documentação das duas esferas”, afirma o prefeito Rogério Cruz.

Segundo Pedro Sales, a Agehab está adotando procedimentos que garantem mais celeridade ao processo de regularização. Como é o caso da legitimação fundiária, uma alternativa para escrituração tradicional, como parte de um trabalho de simplificação na transferência de propriedade. “Nossa máxima na Agehab é encontrar soluções práticas e céleres que desafoguem demandas antigas, mas sem atropelar a lisura e a responsabilidade pública que estes processos demandam”, reitera.

Com a legitimação fundiária, exemplifica o presidente da Agehab, os moradores podem comprovar que são donos de suas moradias por meio da Certidão de Regularização Fundiária (CRF), documento que tem a mesma validade de uma escritura. “Trata-se de uma alternativa mais rápida e menos burocrática para que famílias de baixa renda possam comprovar serem proprietárias de casas um dia doadas pelo Estado”, explica o gestor estadual.

No caso dos 15 bairros goianienses em que a regularização vai ganhar celeridade, além de imóveis doados pelo Estado, estão incluídas ainda áreas particulares de interesse social e também áreas que pertencem à Empresa Estadual de Processamento de Dados de Goiás (Prodago), que neste momento está em processo de liquidação.

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Goiás tem quatro cidades entre as de maior fluxo turístico do Brasil

Levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo (MTur), na quarta-feira, 18, mostrou que Goiás figura com quatro municípios (Caldas Novas, Rio Quente, Goiânia e Pirenópolis) na principal categoria do ranking que mede o fluxo turístico e os empregos gerados pelo setor, em todo o Brasil.

Os destinos turísticos goianos, inclusive, dividem espaço na categoria A com outros locais consagrados no cenário nacional, como Campos do Jordão (SP), Porto Seguro (BA) e Gramado (RS).

Mapa do Turismo

A cidade de Pirenópolis voltou a integrar a categoria A do levantamento, feito com base em todos os municípios brasileiros que integram o Mapa do Turismo. Atualmente, Goiás possui 91 municípios cadastrados formalmente no Mapa do Turismo.

Desse total, 40,7% estão distribuídos nas principais categorias, sendo: 4,4% na categoria A; 16,5% na B; 19,8% na C; e 59,3% na categoria D.

“Temos um grande desafio pela frente, que é o de formalizar os profissionais que lidam diretamente com o turismo e que fazem com que pouco mais da metade dos nossos destinos figurem na categoria D. Mesmo assim, temos que celebrar os avanços conquistados pelos demais municípios, que estão galgando melhorias neste quesito e estão ampliando a participação da receita local com o turismo. Ver Pirenópolis alcançado a principal categoria é motivo de muita alegria”, declara o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

Os índices de fluxo de turistas e de empregos formais gerados utilizados no mapeamento do Ministério do Turismo foram levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e correspondem ao período de 2021.

Com base neste levantamento, os quatro municípios goianos que integram a principal categoria disponibilizavam na época 276 estabelecimentos de hospedagem (hotéis e pousadas), que geraram mais de 6 mil empregos diretos e contribuíram com os cofres públicos ao arrecadarem mais de R$11 milhões em impostos.

“Estamos diante de dados econômicos e de formalidade do setor que refletem o ano de 2021, ou seja, ainda dentro da pandemia. Nossa expectativa é que esse cenário seja redesenhado nos próximos levantamentos do Ministério do Turismo, pois vamos retratar um novo cenário, pós-pandêmico, onde o turismo goiano tem avançado a passos largos, acumulando recordes na formalização dos profissionais do setor, e de fluxo de turistas nos nossos destinos”, avalia o presidente da Goiás Turismo.

Um dado relevante da pesquisa é que Rio Quente, com apenas três estabelecimentos hoteleiros registrados foi responsável por arrecadar sozinha R$ 5,1 milhões em tributos e gerar quase dois mil empregos formais.

“Uma cidade que, em 2022, registrava quase 4 mil habitantes, ter quase 50% dos empregos destinados ao turismo é muito relevante. Juntamente com Caldas Novas, formam a região das Águas Quentes, um dos principais destinos turísticos do Brasil”, avalia Fabrício Amaral.

Em âmbito nacional, a pesquisa mostrou que houve um aumento de 151% no número dos municípios que passaram a integrar a categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro, mostrando que em todo o país têm sido registrados avanços no setor.

O mapeamento permite ao poder público identificar pontos que merecem mais atenção para a promoção de políticas públicas, e entender melhor sobre o impacto econômico do segmento turístico em todo o Brasil, principalmente regionalmente.

Formalização do setor turístico em Goiás

Em novembro deste ano, Goiás bateu o recorde de adesão de profissionais no Cadastur, atingindo a marca de 8.200 registros e passando a liderar o ranking de cadastros no Centro-Oeste Brasileiro. O número de prestadores de serviços turísticos que atuam de forma legal no estado passou de 1,280 em 2019 para 8.200 em 2024.

O documento que comprova a legalidade de profissionais e empresas turísticas, garante segurança ao viajante e vantagens aos trabalhadores da área.

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