Vereador diz que vê proposta de Iris para alterar curso do BRT com “preocupação”

Durante sua prestação de contas na Câmara de Vereadores, o prefeito Iris Rezende externou seu desejo de mudar o trajeto do BRT (Bus Rapid Transit) Norte-Sul. No discurso, o peemedebista chegou a chamar o projeto de “trambolho de concreto” e defendeu que ele seja repartido em dois.

A ideia de Rezende é evitar que o transporte passe pelo Centro, dividindo-o em dois trechos. O primeiro ligaria a Região Norte à rodoviária e o outro sairia da Praça do Cruzeiro e iria até Aparecida de Goiânia. A proposta gerou polêmica entre os vereadores. Alysson Lima (PRB), presidente da Comissão Especial Temporária (CET) que apura as ações relacionadas ao contrato de construção do BRT, disse que conversou com o prefeito e ficou preocupado com a possível alteração.

“Vejo com preocupação, pois acaba por tirar a finalidade do projeto, que é ligar a cidade de ponta a ponta”, afirmou. “A preocupação não é só com a alteração, mas também com a questão financeira”, completou o vereador.

Para o parlamentar, a prefeitura deve pensar em alternativas viáveis para reduzir custos e não comprometer o projeto. Para Alysson Lima, uma das soluções plausíveis seria utilizar a Praça Cívica como contorno.

“Tem como encontrar uma solução. Na minha opinião,  o mais viável seria contornar a Praça Cívica por outras avenidas, uma descendo, outra subindo. Assim, manter-se-ia a essência do BRT, que é ligar a cidade de norte a sul”

O BRT Norte-Sul faz parte do Pacto de Mobilidade, programa do governo federal. As obras estão paradas desde o ano passado por conta de atrasos na contrapartida municipal. O montante a ser pago já chega a R$ 11 milhões. Ademais, a prefeitura precisa apresentar garantias na casa dos R$ 35 milhões e arcar com cerca de R$ 7 milhões em desapropriações.

O secretário de Infraestrutura e Seviços Públicos, Fernando Bertoldi, garante que o município viabilizou os R$ 40 milhões concernentes às contrapartidas da Caixa Econômica Federal, cofinanciadora do projeto. A Prefeitura informou que pretende retomar as obras do BRT nas próximas semanas.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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