Delegado geral da PC pede exoneração do cargo durante reunião com Caiado

O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás (PC), Alexandre Pinto Lourenço, pediu para deixar o cargo durante uma reunião com o governador Ronaldo Caiado, nesta quinta-feira, 2. 

Há quase dois anos à frente da corporação, Alexandre explicou que irá voltar à função de delegado, mas que antes pretende tirar um tempo para cuidar da família. Ele deve tirar férias ou pedir licença.

“Preciso de um tempo para me dedicar à família. Não sei quanto tempo eu preciso. Chega uma hora que precisamos parar. É um cargo de dedicação exclusiva e acabou penalizando minha família porque não participo de muita coisa”, disse ao g1.

Governador concordou 

O delegado afirmou que Ronaldo Caiado aceitou o pedido de exoneração, mas ele não tratou de fazer indicação de nomes possíveis substitutos durante a conversa.

“O governador e o secretário de Segurança Pública vão escolher o novo diretor-geral. Por enquanto, não sei se vou ocupar outro cargo”, disse.

Operações

Alexandre estava no comando da PC desde fevereiro de 2021, quando assumiu o posto ao substituir o delegado Odair José Soares. Antes de assumir a função, Lourenço participou de grandes grandes em Goiás, como a Máfia dos Caça-níqueis, em 2012, e as operações Metástase e Morfina, em 2019. Ele também comandou a PC durante a operação que acabou com a morte de Lázaro Barbosa, em 2021.

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CNU: Decisão judicial reintegra 32 mil candidatos

O Concurso Público Nacional Unificado (CNU), conhecido como o “Enem dos Concursos”, sofreu significativas alterações após uma decisão judicial que reintegrou mais de 32 mil candidatos anteriormente eliminados. Essa medida veio em resposta a uma ação judicial que questionou a clareza das regras de identificação dos cadernos de provas.
 
Os candidatos reintegrados, que totalizam 32.260, foram informados por e-mail, WhatsApp e na área do candidato no site oficial do concurso. Esses candidatos haviam sido eliminados por não preencherem corretamente os campos de identificação no cartão de respostas, especificamente a “bolinha” com o número do caderno e a frase de segurança na capa.

Novo cronograma

Com a reintegração, o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) e a Fundação Cesgranrio divulgaram um novo cronograma. Os candidatos regulares devem enviar a documentação comprobatória para a prova de títulos até 4 de dezembro de 2024, enquanto os candidatos reintegrados têm até 5 de dezembro de 2024, com a exigência de que os títulos tenham sido obtidos até outubro.
 
  • 25 de novembro de 2024: Divulgação dos resultados das provas objetivas para os candidatos reintegrados.
  • 4 e 5 de dezembro de 2024: Envio de títulos.
  • 6 de dezembro de 2024 até 10 de janeiro de 2025: Análise de títulos.
  • 9 de dezembro de 2024: Divulgação das notas preliminares das provas discursivas e redações.
  • 9 e 10 de dezembro de 2024: Interposição de eventuais pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações.
  • 20 de dezembro de 2024: Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas das provas discursivas e redações.
  • 23 de dezembro de 2024: Convocação para o procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros.
  • 6 a 10 de janeiro de 2025: Perícia médica dos candidatos que se declararem com deficiência.
  • 11 e 12 de janeiro de 2025: Procedimento de verificação da condição declarada para concorrer às vagas reservadas aos candidatos negros e indígenas.
  • 15 de janeiro de 2025: Resultado preliminar da avaliação de títulos.
  • 15 e 16 de janeiro de 2025: Prazo para interposição de recursos sobre a avaliação de títulos.
  • 11 de fevereiro de 2025: Divulgação do resultado final.

Impacto da reintegração

A decisão judicial também contemplou a ampliação do número de correções para candidatos cotistas, equiparando-o ao da ampla concorrência, conforme a Instrução Normativa nº 23. Isso significa que mais candidatos pelas cotas raciais terão suas provas discursivas corrigidas.
 
A prova de títulos, que tem caráter classificatório, serve para ajustar a posição dos candidatos no ranking final, sem desclassificar os participantes que não apresentarem títulos. Os critérios de pontuação estão limitados a 10 pontos.
 
O CNU, que bateu o recorde como o maior concurso público já realizado com 2,14 milhões de inscritos, registrou uma abstenção histórica de 54,12% nos dois turnos de provas. O estado do Ceará teve o maior número de candidatos inscritos que não compareceram, com 59,65% de faltosos.

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