SUS terá novo modelo de financiamento

Ganhará monitoramento online sobre a certificação de ações realizadas

A partir de janeiro de 2018, o Ministério da Saúde passará a adotar um novo formato de transferência de verbas federais. A proposta unifica os recursos garantindo o melhor acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS), atualmente os repasses eram realizados por meio de seis blocos de financiamento temático. Agora serão repassados em duas categorias sendo: o custeio de ação e serviços públicos de saúde e do bloco de investimento.

Além de proporcionar mais autonomia para os gestores estaduais e municipais, o novo modelo também vai permitir mais eficiência no controle e monitoramento da execução de recursos destinados às ações em saúde. A aplicação da verba fica interligada ao plano de saúde local, respeitando o orçamento federal, como o financiamento da atenção básica, vigilância em saúde e assistência farmacêutica.

A transferência dos recursos serão realizadas em conta financeira única e específica para cada uma das categorias, o novo formato possibilita que o gestor tenha mais agilidade na destinação dos recursos disponíveis, podendo fazer o remanejamento das verbas de acordo com a necessidade e realidade do local.

Prestação de Contas

Ao final do exercício financeiro, o gestor deverá prestar conta À União, respeitando os compromisso assumidos no Plano de Saúde e orçamento federal. Caso o gestor não cumpra a execução orçamentária de todas as áreas, o Ministério da Saúde terá autonomia para bloquear o repasse da União.

Monitoramento Online

O Ministério da Saúde também vai monitorar a aplicação dos recursos federais, a cada dois meses, por meio do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). A partir do primeiro bimestre do ano que vem, já está previsto o acompanhamento. A partir de março o MS também acompanhará o planejamento de saúde dos estados e municípios por meio do sistema e-SUS GESTOR. Possibilitando a certificação das ações de saúde que estão sendo cumpridas, de acordo com o planejamento e execução de recursos.

(com informações do Ministério da Saúde)

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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