O agronegócio goiano encerrou 2022 com crescimento expressivo em faturamento e volume de exportações. O setor arrecadou US$ 11,7 bilhões em vendas externas, o que representou um aumento de 62,8% na comparação com 2021.
Já o volume exportado cresceu 43,6%, atingindo 18 milhões de toneladas. Os números foram divulgados esta semana pelo governo federal, por meio da plataforma de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat) e do Observatório da Agropecuária Brasileira.
Em quatro anos, o faturamento do agro goiano com as exportações mais que dobrou. As receitas com as vendas externas saltaram 115,6%, passando de US$ 5,4 bilhões em 2019 para US$ 11,7 bilhões em 2022. “Nosso produtor soube se posicionar estrategicamente no mercado.
Teve visão para aproveitar as oportunidades e trabalhou duro para entregar resultados”, destaca o governador Ronaldo Caiado, que ressalta também o trabalho sintonizado de toda a cadeia produtiva.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça, afirma que hoje, em Goiás, o setor todo dialoga e busca soluções para os problemas de forma conjunta. “Temos um governador que entende do assunto. Ele recriou a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e isso fez toda a diferença na articulação entre os diversos parceiros setoriais. Houve uma revolução em termos de investimentos em infraestrutura, crédito, assistência técnica, regulação e outros fatores que fazem a diferença para quem está lá na ponta, no campo”, argumenta.
Para efeito de comparação, em 2022, a Câmara Deliberativa do Conselho de Desenvolvimento do Estado aprovou 1.423 cartas-consulta e autorizou R$ 1,7 bilhão em financiamentos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste, em sua modalidade Rural (FCO Rural). Em 2019, foram 362 cartas e R$ 811,9 milhões.
Mais comercializados
Em 2022, o complexo soja foi o produto mais comercializado com outros países pelo agronegócio estadual. Com US$ 7,7 bilhões de receita, o item respondeu por 66% de todo o faturamento do setor com as vendas externas. As carnes vieram em segundo lugar, com US$ 2 bilhões. Cereais, farinhas e preparações ficaram na terceira posição, com US$ 947,8 milhões. O complexo sucroalcooleiro ocupou a quarta posição, com US$ 387,3 milhões.
Entre os 10 produtos com maiores arrecadações ficaram ainda: fibras e produtos têxteis (US$ 235,9 milhões); couros, produtos de couro e peleteria (US$ 180,7 milhões); demais produtos de origem animal (US$ 124,5 milhões); café (US$ 53,1 milhões); produtos oleaginosos (US$ 33,9 milhões) e demais produtos de origem vegetal (US$ 25,6 milhões).
O principal cliente do agro goiano foi a China, com US$ 6,2 bilhões em compras. Na segunda posição ficou o Irã, com US$ 420,5 milhões. Indonésia, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Vietnã, Índia, Países Baixos (Holanda) e Bangladesh fecharam o ranking de 10 maiores.
As importações do setor agropecuário estadual, por outro lado, somaram R$ 142,2 milhões, com destaque para cereais, farinhas e preparações (principalmente malte e farinha de trigo); produtos oleaginosos (principalmente óleo de dendê ou palma); lácteos (principalmente leite em pó); demais produtos de origem vegetal e produtos florestais.