Em janeiro, Goiânia tem o maior volume de chuvas em três anos

Tempo no final de semana continua sob influência de corredor de umidade e chuvas

Qualquer pessoa que está morando em Goiânia pôde perceber que em janeiro teve bastante chuva na cidade. E isso se traduz nos números. De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o volume no primeiro mês de 2023 foi o maior dos últimos três anos.

A climatologia de Goiânia em janeiro

Segundo o relatório do Cimehgo, a cidade de Goiânia teve precipitação de 322,1mm em janeiro de 2023. Em 2022, a quantidade foi de 315,3mm, enquanto em 2021 os números chegaram a 244mm. Portanto, no recorte recente, este ano foi superior aos últimos dois, mas ainda ligeiramente inferior às precipitações de janeiro de 2020, com 329,2mm.

De qualquer forma, a quantidade de chuvas em Goiânia no mês de janeiro de 2023 superou a climatologia para o período, que era de 249,2mm. “A climatologia é a expectativa para o mês. É um compilado médio dos últimos 30 anos, os últimos 30 janeiros. É feito uma expectativa com base na média”, explica André Amorim, gerente do Cimehgo, ao Diário do Estado (DE).

O órgão disponibilizou também as precipitações em cada mês de janeiro desde 2015. O recorde foi em 2016, quando houve 484,8mm de precipitação. Por outro lado, Goiânia teve apenas 73,6mm no primeiro mês do ano de 2015. Em suma, janeiro de 2023 superou as expectativas na Capital, mas o interior também teve destaques nesse sentido. “No geral, choveu bem, mas em alguns lugares choveu mais”, conclui André Amorim.

Números de chuvas no interior

Climatologia Goiás janeiro 2023
Os dados do Cimehgo (Foto: Divulgação)

Diversos municípios goianos também superaram neste ano a climatologia para o mês de janeiro. Aragarças, Catalão, Formosa, Goiás, Ipameri, Posse, Morrinhos, Itumbiara, Cristalina e Mineiros são alguns dos exemplos. Em compensação, as chuvas em Jataí, Pirenópolis e Ceres vieram em quantidade menor do que o esperado.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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