Gustavo Mendanha critica proposta de nova lei para Região Metropolitana

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (PMDB), afirmou, durante a posse de Paulo Rezende (PSDB) à presidência da Associação Goiana de Municípios (AGM), que seu município se sente prejudicado com os termos da proposta de modernização da Lei da Região Metropolitana de Goiânia, que rege o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana (Codemetro).

A principal reclamação de Mendanha é que, pelo projeto que tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), as cidades com menor população teriam o mesmo peso de municípios como Aparecida.

“Não pode uma cidade do porte de Aparecida, de quase 600 mil habitantes, ter a mesma voz de cidades com 20 mil habitantes. Assim, nos sentimos prejudicados”, afirmou o prefeito.

Mendanha também protestou contra possíveis intervenções do conselho em temas considerados pelo prefeito como de autonomia municipal. Como exemplo, o peemedebista citou o plano diretor de Aparecida de Goiânia que, segundo ele, não poderia sofrer interferência do colegiado.

“Não se pode prejudicar a nossa municipalidade. O plano diretor de Aparecida foi votado recentemente, já está no momento de aplicação da lei. O conselho não pode tratar sobre assuntos que já estão definidos”, ponderou.

A proposta, elaborada pela secretaria das Cidades, Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos de Goiás (Secima) tramita na Alego desde o fim do ano passado. Para sanar os contrapontos, Mendanha aposta no diálogo com o secretário da pasta, Vilmar Rocha, que encabeça o projeto.

“O Vilmar Rocha está disposto a dialogar. Vamos conversar com os deputados, principalmente os que representam as cidades da Região Metropolitana”, disse.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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