No Brasil, pornografia infantil aumenta em 9,91% entre 2021 e 2022

No Brasil, pornografia infantil aumenta em 9,91% entre 2021 e 2022

Mesmo com o fim do isolamento social, o número de denúncias de pornografia infantil voltou a crescer entre 2021 e 2022. No período de um ano, houve o aumento de 9,91% de casos, de acordo com os dados da ONG Safernet. Em quantidade absoluta, os registros subiram de 101.833 para 111.929.

A pornografia infantil no Brasil

Segundo as estatísticas da Safernet, o recorde histórico de abuso e exploração sexual infantil na internet, ou pornografia infantil, chegou ao ápice em 2008. Naquele ano, houve no Brasil um total de 289.707 denúncias. O menor número foi em 2019 com 48.576.

Na década de 2010, a quantidade de pornografia infantil começou a diminuir no Brasil. Em 2011, foi a última vez que a Central recebeu mais de 100 mil denúncias em um só ano. Tal patamar só foi superado novamente dez anos depois, em 2021. O maior crescimento no período pandêmico, no entanto, foi em 2020, aumentando em 102,24%.

Outros dados da Safernet

Além das estatísticas de pornografia infantil, a Safernet também fez um levantamento acerca de outras temáticas. No campo de maus tratos contra animais, houve um crescimento de 37,94% entre 2022 e 2021. Já no tráfico de pessoas, o aumento foi ainda mais preocupante: 266,25%, passando de 326 denúncias em 2021 para 1.194 em 2022.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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