A Polícia Civil de Goiás (PCGO), em conjunto com a PC do Distrito Federal, segue investigando as causas da morte do garoto Carlos Abraão, de 6 anos e a internação de outras quatros crianças. A corporação goiana trabalha com duas hipóteses: a de que o menino teria sido morto por intoxicação (envenenamento) ou que ele tenha falecido em decorrência das condições de vulnerabilidade em que vivia com a família, em Planaltina de Goiás.
A família, porém, acredita que o menino e as outras crianças tenham sido envenenados por uma vizinha que teria problemas pessoais com a mãe do garoto. Ainda de acordo com os familiares, a suspeita teria oferecido doces e bolos com “um tempero estranho” para os menores. Os médicos, no entanto, não descartam outras possibilidades como dengue e causas naturais.
Carlos morreu nesta quarta-feira, 8, após dar entrada no Hospital Regional de Sobradinho, no início da semana, sentindo febre e dores na barriga. Outras quatro crianças e um adulto, todos parentes do menino, também foram internados com os mesmos sintomas, mas apresentam um quadro de saúde estável.
Como a criança morreu em Sobradinho (DF), os exames do Instituto Médico Legal (IML) são realizados pela PCDF. Os resultados serão repassados para a polícia goiana, que apura a possibilidade de envenenamento.
Investigação
Para a PCGO, o caso é “confuso”. A corporação explica ainda que Carlos vivia com outras sete pessoas numa mesma casa, que também era compartilhada com tios, primos e avós. Por conta da situação de vulnerabilidade da família, alguns vizinhos ajudaram com alimentação, mas a suspeita de envenenamento pode ser confirmada apenas com o resultado da perícia.
Vale ressaltar que, além de Carlos, outra criança da mesma família morreu há cerca de um mês por causas naturais. João Batista, de 9 anos, tinha os mesmos sintomas do menino. Inicialmente, a família também acreditava na hipótese de envenenamento, mas exames médicos confirmaram a morte natural.