“Ficará na história”, diz presidente da Fundação Pio XII sobre CORA

O empreendedor filantropo do setor de saúde brasileiro Henrique Duarte Prata, reconhecido por seu trabalho à frente da Fundação Pio XII, mantenedora do Hospital de Amor, anteriormente denominado Hospital de Câncer de Barretos, esteve nesta segunda-feira, 13, no evento que marcou o lançamento das obras do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás – CORA, em Goiânia. Prata reconheceu o trabalho e empenho do governador Ronaldo Caiado.

Henrique Prata lembrou que a unidade que começa a ser construída em Goiás será uma referência para Goiás e para o Brasil. “No primeiro mandato, Caiado e Gracinha foram até Barretos e quase caíram para trás ao verem a ala infantil do Hospital de Amor. Ele disse que faria aqui. O CORA começa a existir a partir da ideia do governador, de fazer o sonho virar realidade. Ficará na história de Goiás e do Brasil o que está sendo feito aqui hoje”, pontuou.

Prata lembrou que há no país um grande déficit de vagas para o tratamento do câncer em crianças e adolescentes e que obra como essa busca permitir que a população possa se tratar e ter uma chance de continuar vivendo. Segundo ele, cerca de 8,5 mil goianos se deslocam para Barretos em busca de tratamento para o câncer.

“Existem 14 mil casos novos de crianças com câncer no Brasil e só sete mil lugares. O governador, incomodado com isso, disse que iria atrás. Foi atrás do terreno primeiro, ganhou, mas precisava ser reeleito para colocar o projeto em andamento. Aqui teremos estrutura de cidade em torno desse projeto”, elogiou, e destacou os acordos jurídicos que Caiado conseguiu entabular com os Poderes do Estado para que fosse possível a concretização do empreendimento.

“Caiado conseguiu arquitetar com os Poderes um caminho que pode ditar todas as obras do País. Essa estrutura jurídica muda o conceito do Brasil. Aqui em Goiânia não vai ter brincadeira. A coisa vai estar funcionando daqui 20 meses”, comemorou. A previsão refere-se à inauguração da ala pediátrica.

Estrutura

Com investimento de R$ 424,7 milhões de recursos do Tesouro Estadual, o novo hospital terá área total construída 44,7 mil metros quadrados e será erguido próximo à Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa) e à BR-153, em Goiânia. A unidade terá 148 leitos destinados à internação de pacientes adultos e pediátricos.

O hospital, que leva o nome de CORA em homenagem à sensibilidade e humanismo da poetisa goiana Cora Coralina, e que se soma à proposta de oferecer tratamento humanizado, moderno e de ponta aos pacientes, ofertará, na primeira etapa de funcionamento, tratamento oncológico especializado às crianças e adolescentes. Na segunda fase, ampliará o tratamento especializado a adultos.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp